Nova fase de conservação e restauro do Mosteiro dos Jerónimos com verba de 460 mil euros

Um protocolo vai ser assinado na quinta-feira entre a Direcção-Geral do Património Cultural e a World Monuments Fund Portugal.

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Os claustros do Mosteiro dos Jerónimos já foram restaurados daniel rocha

O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, vai iniciar uma nova fase de obras de conservação, a decorrer até 2022, garantida por um protocolo a assinar quinta-feira entre a Direcção-Geral do Património Cultural e a World Monuments Fund Portugal.

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O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, vai iniciar uma nova fase de obras de conservação, a decorrer até 2022, garantida por um protocolo a assinar quinta-feira entre a Direcção-Geral do Património Cultural e a World Monuments Fund Portugal.

Segundo um comunicado da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), o protocolo é assinado pelas 15h30 no mosteiro e vai permitir um investimento de 460 mil euros, destinando-se à “conservação e restauro das superfícies pétreas dos paramentos exteriores e terraços em pedra da igreja que envolvem as zonas dos transeptos, do cruzeiro e da capela-mor, a par da conservação do património integrado, como é o caso dos vitrais e janelas localizadas na área em questão”.

Uma intervenção que “faz face ao problema urgente da alteração e decaimento das pedras da igreja”, suportada financeiramente por um grupo de mecenas, reunido pelo World Monuments Fund Portugal (WMF-P) e constituído pela Brisa, Caixa Geral de Depósitos, Fundação Millennium bcp, Fundo Robert Wilson, Prozis e a REN.

Segundo a DGPC, o Plano de Conservação e Restauro das abóbadas da igreja do mosteiro inclui obras exteriores e interiores “programadas para o período 2012-2022”.

O WMF-P tem sido a entidade parceira da DGPC nesta intervenção.

O Mosteiro dos Jerónimos ou de Santa Maria de Belém foi mandado construir pelo rei Manuel I, celebrando a concretização do caminho marítimo para a Índia, em 1498.

Considerado uma obra-prima da arquitectura portuguesa, iniciada nos primeiros anos do século XVI, o monumento consta da lista do Património Mundial da UNESCO desde 1983, e “é apontado como a “jóia” do [estilo arquitectónico] manuelino”, que associa “uma simbologia régia cristológica e naturalista” aos elementos do estilo gótico final, “que o torna único”.

O WMF é uma organização privada sem fins lucrativos fundada em 1965 nos EUA, que visa a protecção de património cultural em risco.

Em Portugal, esta organização já participou em acções de conservação e restauro nos claustros deste mosteiro, na vizinha Torre de Belém, nos Jardins do Palácio de Queluz, da estátua equestre de José I, de autoria de Machado de Castro, na Praça do Comércio, em Lisboa, e da Sé Catedral do Funchal.

Em 2022, o monumento em pedra de lioz — o mais visitado no país — vai celebrar 500 anos da edificação, e a sua conservação e restauro tem sido considerada urgente pela tutela.

A última grande intervenção na igreja dos Jerónimos data dos anos 1960.