Medalha de ouro da União Internacional de Arquitectos para Paulo Mendes da Rocha
O arquitecto brasileiro de 92 anos agora de novo premiado vai ver a sua obra debatida no Congresso Mundial de Arquitectos em Julho, onde terá ao seu lado o Pritzker português Eduardo Souto de Moura e a brasileira Carla Juaçaba.
O arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha tem desde terça-feira mais um prémio no seu currículo, a medalha de ouro da União Internacional de Arquitectos. O júri destacou a sua ousadia e o seu virtuosismo técnico, diz a Folha de S. Paulo.
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O arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha tem desde terça-feira mais um prémio no seu currículo, a medalha de ouro da União Internacional de Arquitectos. O júri destacou a sua ousadia e o seu virtuosismo técnico, diz a Folha de S. Paulo.
Radicado em São Paulo, Paulo Mendes da Rocha é o autor do novo Museu dos Coches, em Lisboa, e doou recentemente a totalidade do seu acervo profissional à Casa da Arquitectura, em Matosinhos. A sua obra vai agora ser debatida em Julho na 27.ª edição do Congresso Mundial de Arquitectos, que este ano está a ser organizado no Rio de Janeiro e vai discutir um novo modelo para as cidades pós-pandemia.
Paulo Mendes da Rocha, que aos 92 anos já venceu o Pritzker, a mais importante distinção internacional no domínio da arquitectura, e foi o primeiro brasileiro a receber o Leão de Ouro da Bienal de Veneza, em 2016, vai participar numa sessão no dia 18 de Julho intitulada “Todos os Mundos. Um Só Mundo”. Nesta conferência que decorrerá de forma virtual, tal como todo o congresso, intervirão ainda o arquitecto português Eduardo Souto de Moura, que em 2011 também recebeu aquele que é considerado o Nobel da Arquitectura e em 2018 o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza, e Carla Juaçaba, uma das arquitectas brasileiras mais conhecidas internacionalmente, radicada em Londres, e autora de uma capela encomendada pelo Vaticano para a Bienal de Veneza em 2018.
O congresso contará também com a premiada mexicana Tatiana Bilbao, Francis Kéré, do Burkina Faso (“considerado internacionalmente como agente de transformação social"), Elizabeth de Portzamparc (“brasileira radicada em França há 50 anos com obras em todo o mundo”), o paraguaio Solano Benitez (“que com tijolos e até destroços resultantes de catástrofes conquistou o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2016”), o italiano Stefano Boeri (“que divide o seu tempo entre Milão e Xangai, onde dirige o Future City Lab”) e Zhang Li (“referência na moderna arquitectura chinês, dirige o Atelier TeamMinus, em Pequim, e é editor-chefe da World Architecture).
O site do Congresso Mundial de Arquitectos indica que haverá sete palcos simultâneos, com cerca de 20 palestras com os convidados, os keynote speakers, mas também mesas-redondas e ArchiTalks sobre o panorama global da arquitectura, do urbanismo e do desenvolvimento das cidades.