Moby Dick: medos, fantasmas e obsessões no festival de marionetas

A abrir a 21.ª edição do FIMFA, a norueguesa Yngvild Aspeli apresenta no D. Maria II, esta terça e quarta-feira, uma visão pessoal do livro de Herman Melville, inspirada pela história do seu próprio avô marinheiro.

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No cemitério onde estão enterrados os antepassados da encenadora Yngvild Aspeli há umas quantas velhas árvores espanholas. Faz tempo, numa singular troca comercial, os seus antepassados noruegueses meteram-se a caminho de Espanha com navios carregados de bacalhau e trouxeram de volta o solo onde poderiam oferecer descanso eterno aos seus familiares. Assim, numa zona remota do país, pedregosa, junto a escarpas e ao mar, surgiu um cemitério construído com aquela terra, infiltrada por raízes e sementes que fizeram despontar árvores longe, muito longe do seu lugar de origem. “Há nisto algo de que gosto muito”, confessa Aspeli em conversa com o PÚBLICO. “Apesar de estarmos muito afastados, há sempre pontos de contacto entre nós.”

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No cemitério onde estão enterrados os antepassados da encenadora Yngvild Aspeli há umas quantas velhas árvores espanholas. Faz tempo, numa singular troca comercial, os seus antepassados noruegueses meteram-se a caminho de Espanha com navios carregados de bacalhau e trouxeram de volta o solo onde poderiam oferecer descanso eterno aos seus familiares. Assim, numa zona remota do país, pedregosa, junto a escarpas e ao mar, surgiu um cemitério construído com aquela terra, infiltrada por raízes e sementes que fizeram despontar árvores longe, muito longe do seu lugar de origem. “Há nisto algo de que gosto muito”, confessa Aspeli em conversa com o PÚBLICO. “Apesar de estarmos muito afastados, há sempre pontos de contacto entre nós.”