Tribunais em 2020: baldes a aparar a chuva, amianto e utentes levados ao colo

Falta de salas de audiências, impressoras obsoletas e apagões eléctricos são responsáveis por muitos dos atrasos da justiça portuguesa. Relatório de 2018 já alertava para um desinvestimento de décadas no parque judiciário.

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Rui Gaudêncio

Dizer que os tribunais de Alijó e Montalegre, no distrito de Vila Real, andam com os utentes ao colo não é mera força de expressão. Faça frio ou calor nos edifícios que albergam a justiça — onde as temperaturas vão dos oito graus negativos aos 45 positivos, perante a indiferença dos velhos sistemas de ar condicionado —, quando aqui chegam pessoas com dificuldades de locomoção, a solução é sempre a mesma. “Recorre-se ao serviço dos bombeiros ou, na maioria das vezes, aos funcionários do tribunal, que carregam a pessoa ao longo das escadas.” À falta de elevador, improvisa-se.

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Dizer que os tribunais de Alijó e Montalegre, no distrito de Vila Real, andam com os utentes ao colo não é mera força de expressão. Faça frio ou calor nos edifícios que albergam a justiça — onde as temperaturas vão dos oito graus negativos aos 45 positivos, perante a indiferença dos velhos sistemas de ar condicionado —, quando aqui chegam pessoas com dificuldades de locomoção, a solução é sempre a mesma. “Recorre-se ao serviço dos bombeiros ou, na maioria das vezes, aos funcionários do tribunal, que carregam a pessoa ao longo das escadas.” À falta de elevador, improvisa-se.