Para Marcelo, NATO e União Europeia são faces de uma mesma comunidade

Mudanças nas Forças Armadas devem-se ao facto de os desafios do futuro serem diferentes dos do passado, sublinhou o ministro da Defesa Nacional.

Foto
Marcelo na apresentação do livro LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

A Aliança Atlântica [NATO na sigla em inglês] e a União Europeia são faces de uma mesma comunidade, afirmou na tarde desta segunda-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O comandante Supremo das Forças Armadas falava numa breve sessão de apresentação do livro 70 anos de Portugal na Aliança Atlântica.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Aliança Atlântica [NATO na sigla em inglês] e a União Europeia são faces de uma mesma comunidade, afirmou na tarde desta segunda-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O comandante Supremo das Forças Armadas falava numa breve sessão de apresentação do livro 70 anos de Portugal na Aliança Atlântica.

A NATO e a União Europeia (UE) são faces de uma mesma comunidade que deve ser aprofundada e não fragmentada”, destacou o Presidente. Marcelo recordou o papel da Aliança Atlântica, da qual Portugal é um dos 12 sócios fundadores, na defesa da ordem liberal. Ainda assim, lembrou os problemas de segurança no flanco sul e advogou por reforçar a dimensão política da NATO.

“Nenhum desafio pode ser enfrentado sem coesão interna e cooperação internacional”, salientou o Presidente da República, autor de um dos artigos deste volume coordenado pelo brigadeiro general Nuno Lemos Pires e pelo comodoro João Marreiros.

A relação entre os dois lados do Atlântico, entre os Estados Unidos e a Europa, foi igualmente abordada pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho. O governante recordou que 21 países estão, simultaneamente, na NATO e na UE, referiu que existe uma complementaridade de responsabilidades e defendeu a aproximação entre as duas instituições. O que ninguém põe em causa mas que, recorda-se, o ex-Presidente Donald Trump questionou, utilizando como arma de pressão para que os aliados europeus da Aliança aumentassem as suas contribuições económicas.

Em contrapartida, Gomes Cravinho assinalou a renovada centralidade do Atlântico para a segurança e destacou as transformações tecnológicas em curso na organização das Forças Armadas. “Os desafios do presente e do futuro são diferentes dos do passado”, enfatizou.

Estas palavras ecoaram no auditório do Instituto de Defesa Nacional (IDN) como recordatório das alterações à estrutura de topo das Forças Armadas, a nova Lei Orgânica de bases da Organização das Forças Armadas, que o Governo aprovou e o ministro já enviou ao Parlamento.

Entre os vários artigos que foram sendo pontualmente assinalados durante a apresentação por Lemos Pires, este brigadeiro-general recordou o papel da NATO na igualdade de género. Referiu-se, a propósito, ao trabalhado da socióloga Helena Carreiras, directora do IDN, e da tenente-coronel Diana Morais.