Marcelo espera que se apurem direitos dos trabalhadores em Odemira

À chegada à Madeira Marcelo referiu que era necessário apurar se há um problema sanitário. “Espero que seja possível apurar a primeira e agir se for caso disso”, referiu sobre direitos dos trabalhadores.

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LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

O Presidente da República afirmou este domingo que espera que seja possível apurar se os direitos dos trabalhadores rurais em Odemira são respeitados e agir se necessário e que seja quebrada a cadeia de transmissão do vírus.

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O Presidente da República afirmou este domingo que espera que seja possível apurar se os direitos dos trabalhadores rurais em Odemira são respeitados e agir se necessário e que seja quebrada a cadeia de transmissão do vírus.

“São coisas diferentes. Uma é saber: há problemas em termos de direitos das pessoas e de trabalhadores, naquele caso? Um problema. Outro problema, sanitário: impõe-se ou não proceder a um isolamento de um número apreciável de trabalhadores, com cadeias de transmissão contínuas, ininterruptas, e que importava quebrar, para o bem da comunidade?”, sustentou o chefe de Estado. 

"Espero que seja possível apurar a primeira e agir se for caso disso”, afirmou, referindo-se ao caso dos trabalhadores rurais em Odemira. Salientou, por outro lado, que é necessário quebrar a cadeia de transmissão que está a “penalizar o município”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à chegada à Madeira, sábado à noite, onde se deslocou para apresentar cumprimentos aos órgãos de governo próprio da Região Autónoma da Madeira, na sequência da sua reeleição como Presidente da República, e preparar as comemorações do Dia de Portugal, que este ano decorrem no arquipélago.

O Governo decidiu decretar uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e de Almograve, no concelho de Odemira, devido à elevada incidência de casos de covid-19, sobretudo em trabalhadores do sector agrícola, anunciou na quinta-feira o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, António Costa, sublinhou que “alguma população vive em situações de insalubridade habitacional inadmissível, com hipersobrelotação das habitações”, relatando situações de “risco enorme para a saúde pública, para além de uma violação gritante dos direitos humanos”.

Na chegada à Madeira, o Presidente da República considerou que “havia que agir”, vincando que o executivo “exerceu os poderes”, de acordo com a situação de calamidade, que entrou em vigor às 00h00 do dia 01 de Maio.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.182.408 mortos no mundo, resultantes de mais de 151,3 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.976 pessoas dos 836.947 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.