MotoGP: Miguel Oliveira obtém melhor resultado do ano em Espanha
Piloto português terminou na 11.ª posição, aproveitando, como quase todos os outros, o azar de Fabio Quartararo.
O Grande Prémio (GP) de Espanha de MotoGP passou de um sonho a um pesadelo para Fabio Quartararo (Yamaha). O francês, que na véspera tinha conseguido a pole position em Jerez de la Frontera, liderava a corrida com segurança quando, a 10 voltas do fim, começou a cair vertiginosamente na classificação. Resultado? Entregou o triunfo a Jack Miller (Ducati), caiu para fora da zona pontuável e foi ultrapassado até por Miguel Oliveira, que era 13.º classificado. Contas feitas, foi a melhor prestação do piloto português neste Mundial.
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O Grande Prémio (GP) de Espanha de MotoGP passou de um sonho a um pesadelo para Fabio Quartararo (Yamaha). O francês, que na véspera tinha conseguido a pole position em Jerez de la Frontera, liderava a corrida com segurança quando, a 10 voltas do fim, começou a cair vertiginosamente na classificação. Resultado? Entregou o triunfo a Jack Miller (Ducati), caiu para fora da zona pontuável e foi ultrapassado até por Miguel Oliveira, que era 13.º classificado. Contas feitas, foi a melhor prestação do piloto português neste Mundial.
O descalabro que atingiu Quartararo teve uma razão objectiva: a degradação do estado dos pneus, que de um momento para o outro o transformaram no piloto mais lento em pista, a rodar acima do 1m41s. Aproveitou a Ducati para assumir o comando e fazer da luta pelo triunfo uma questão interna: Jack Miller ainda teve de defender-se da aproximação do companheiro Francesco Bagnaia, mas segurou mesmo aquela que foi apenas a segunda vitória da carreira em MotoGP (a última tinha ocorrido em Assen, em 2016).
A long time between drinks for @jackmilleraus! ??
— MotoGP™?? (@MotoGP) May 2, 2021
We reckon his next drink may come from his boot! ??#SpanishGP ???? pic.twitter.com/bb29LbtvIm
Miguel Oliveira (KTM), que partiu da 16.ª posição, fez uma corrida segura, chegou sem grandes dificuldades ao 14.º posto e depois, paulatinamente, foi ganhando terreno e aproveitou, em última instância, o azar de Quartararo para, a quatro voltas do fim, assumir o 11.º lugar com que fechou a prova. Foi o melhor resultado do piloto português nesta época, superando o 13.º posto alcançado no primeiro Grande Prémio deste Mundial, no Qatar.
Para a Ducati, foi uma prova de sonho. “Sabia que tinha um ritmo razoável e que, se passasse por ele [Quartararo] e mantivesse a cabeça em baixo e estivesse concentrado, sem cometer erros, iria conseguir. É indescritível o que sinto agora. Gostava que os meus pais estivessem aqui para festejar comigo”, resumiu Jack Miller, que contribuiu decisivamente para a primeira “dobradinha” da Ducati desde 2018.
The celebrations will run all the way to Le Mans! ??@jackmilleraus wastes no time starting the party with his @ducaticorse crew! ??#SpanishGP ???? pic.twitter.com/WQLZQSYF4b
— MotoGP™?? (@MotoGP) May 2, 2021
Um sentimento análogo foi descrito por “Pecco” Bagnaia, cujo segundo lugar lhe permitiu assumir a liderança do Mundial de pilotos. “Estou feliz. Fui demasiado lento no início para poder ganhar a corrida e, quando tentei recuperar e diminuir a diferença para o Jack, senti problemas na frente. Mas estou satisfeito por liderar o campeonato. É um grande resultado para nós”, resumiu o italiano.
O companheiro de Miguel Oliveira na KTM, Brad Binder, não conseguiu terminar a prova, enquanto Valentino Rossi (Petronas Yamaha) continua longe do pelotão da frente - terminou em 17.º, a 22,7 segundos do vencedor -, ao contrário de Franco Morbidelli. O número 21 levou a Petronas Yamaha ao terceiro lugar do pódio, sendo o italiano oitavo na classificação geral, com 33 pontos.
Miguel Oliveira soma agora nove pontos e é 17.º. “Pecco” Bagnaia, o novo líder, tem 66 pontos, mais dois do que Quartararo e mais 16 do que o terceiro, Maverick Viñales (Yamaha), que terminou o GP de Espanha em sétimo lugar.