Rússia coloca presidente do Parlamento Europeu na lista negra
David Sassoli é um dos altos funcionários europeus proibido de entrar na Rússia. Moscovo acusa a União Europeia de ter uma “política de medidas ilegítimas e unilaterais contra cidadãos e organizações russas”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou esta sexta-feira que vários altos funcionários europeus, incluindo o presidente do Parlamento Europeu, estão daqui para a frente impedidos de entrar no país. A medida é uma resposta às sanções impostas pela União Europeia e, para além David Sassoli, a proibição inclui a vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência, Vera Jourová, e Jacques Maire, deputado francês da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou esta sexta-feira que vários altos funcionários europeus, incluindo o presidente do Parlamento Europeu, estão daqui para a frente impedidos de entrar no país. A medida é uma resposta às sanções impostas pela União Europeia e, para além David Sassoli, a proibição inclui a vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência, Vera Jourová, e Jacques Maire, deputado francês da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.
As sanções impostas por Moscovo foram anunciadas por Serguei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, que acusou a União Europeia (UE) de continuar “a sua política de medidas ilegítimas e unilaterais contra cidadãos e organizações russas”, sem dar espaço ao diálogo, lê-se na Reuters.
O chefe da diplomacia russa acusou ainda a UE de minar “deliberada e abertamente” a independência da política interna e externa da Rússia. Neste sentido, sugeriu que o bloco é encorajado pelos EUA, que tenta converter a Europa num foco de novos atritos, marcando mais um aumento de tensão entre a Rússia e o ocidente.
Foram ainda sancionados dois cidadãos da Letónia e um da Estónia, juntamente com o procurador de Berlim, Jorg Raupach, e Asa Scott, que está à frente da divisão de segurança do Instituto Sueco de Investigação em Defesa. Os dois últimos estão associados a investigações abertas sobre o envenenamento do opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, com um agente nervoso criado na era soviética, em Agosto de 2020.
A medida surge em retaliação às sanções impostas pela UE a 2 de Março a dois cidadãos russos, acusados de violar os direitos humanos, nomeadamente por prisões e detenções arbitrárias, e ainda, por repressão massiva e sistemática de reunião na Rússia, segundo Bruxelas. Depois, a 22 de Março, Bruxelas voltou a sancionar quatro responsáveis próximos de Putin. As medidas incluem a proibição de entrada no território da UE e o congelamento dos bens.