David Cronenberg volta aos filmes, com Léa Seydoux, Viggo Mortensen, Kristen Stewart e Welket Bungué

Crimes of the Future foi escrito há vários anos pelo realizador e partilha o nome com um seu filme homónimo de 1970.

Fotogaleria

Passados sete anos da estreia de Mapas para as Estrelas, o canadiano David Cronenberg prepara-se para rodar, na Grécia e entre Agosto e Setembro, o seu próximo filme. Segundo o site DeadlineCrimes of the Future, que partilha o nome com um filme que o realizador fez em 1970, foi escrito pelo próprio Cronenberg há vários anos e passa-se num “futuro não muito distante em que a humanidade está a aprender a adaptar-se ao seu ambiente sintético”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Passados sete anos da estreia de Mapas para as Estrelas, o canadiano David Cronenberg prepara-se para rodar, na Grécia e entre Agosto e Setembro, o seu próximo filme. Segundo o site DeadlineCrimes of the Future, que partilha o nome com um filme que o realizador fez em 1970, foi escrito pelo próprio Cronenberg há vários anos e passa-se num “futuro não muito distante em que a humanidade está a aprender a adaptar-se ao seu ambiente sintético”.

O Deadline anunciou também vários nomes do elenco, com Viggo Mortensen à cabeça, sendo nomeadas também a francesa Léa Seydoux e Kristen Stewart. Mortensen já tinha sido protagonista de Uma História de ViolênciaPromessas Perigosas Um Método Perigoso, e em cuja estreia na realização, Falling - Um Homem Só, do ano passado, Cronenberg foi actor. Há ainda a confirmação de Welket Bungué, o actor e realizador luso-guineense que tem feito carreira no Brasil e no ano passado foi o protagonista da nova adaptação, a cargo de Burhan Qurbani, de Berlin Alexanderplatz, o romance de Alfred Döblin. Os outros nomes mencionados são os de Scott Speedman, Don McKellar e Lihi Kornowski.

Quanto à sinopse, bastante cronenbergiana, o site fala de uma “síndrome de evolução acelerada”, em que humanos que atingem um estado de “metamorfose” que “altera a sua composição biológica”, com pessoas que abraçam “o potencial ilimitado do trans-humanismo”, enquanto outros tentam “policiá-lo”. A história gira à volta de Saul Tenser, um artista que “abraça” essa síndrome e ganha novos órgãos no corpo, fazendo um espectáculo da remoção de tais órgãos com a ajuda da sua parceira, Caprice. Enquanto isso, tanto o governo quanto “uma estranha subcultura” notam o que ele está a fazer, e ele prepara-se para “a sua performance mais chocante”.

Em Fevereiro, numa entrevista à GQ sobre Falling, Mortensen tinha falado de voltar a colaborar com Cronenberg em algo que o realizador “tinha escrito há muito tempo” e nunca tinha “conseguido fazer”, que tinha agora sido “refinado”. Ainda mencionou que era um “regresso às origens” de Cronenberg no “terror biológico”, mas que também era “quase como uma história estranha de film noir”. “É perturbadora e boa”, comentou.