Passo a passo pela ponte 516 Arouca: um medo que se faz zen

Já percorremos a ponte de que se fala: por fim, abrirá ao público a 3 de Maio. E a maior ponte suspensa pedonal do mundo até pode meter“medo”, mas no momento decisivo, o apelo do abismo é maior. O temor fica na margem, a travessia faz-se pequena e o centro de tudo passa a ser aquele ponto exacto, 175 metros acima do rio.

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A Ponte 516 Arouca, que abre ao público em geral a 3 de Maio, é geminiana. Tem um desenho inspirado nas antigas pontes astecas, mas o adjectivo não lhe vem de rituais do zodíaco solar, nem do poder reconhecido às constelações que lhe iluminam o céu nocturno e muito menos da influência de quaisquer divindades místicas não confirmadas pela ciência. A ponte pênsil pedonal mais comprida do mundo é geminiana porque combina pelo menos duas personalidades, embora mais correcto seja atribuírem-se-lhe tantas facetas quantas as disposições voláteis do clima. Esta análise é importante para assegurar expectativas de visita realistas, considerando que, como em tudo na vida, o contexto é decisivo e o mindset do observador também. Daí a certeza de que a experiência de atravessar a Garganta do Paiva sobre uma estrutura metálica suspensa apenas por cabos de aço e sujeita em cada passo aos impulsos do vento será sempre definida pelas condições atmosféricas e pelo enquadramento mental do visitante.

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A Ponte 516 Arouca, que abre ao público em geral a 3 de Maio, é geminiana. Tem um desenho inspirado nas antigas pontes astecas, mas o adjectivo não lhe vem de rituais do zodíaco solar, nem do poder reconhecido às constelações que lhe iluminam o céu nocturno e muito menos da influência de quaisquer divindades místicas não confirmadas pela ciência. A ponte pênsil pedonal mais comprida do mundo é geminiana porque combina pelo menos duas personalidades, embora mais correcto seja atribuírem-se-lhe tantas facetas quantas as disposições voláteis do clima. Esta análise é importante para assegurar expectativas de visita realistas, considerando que, como em tudo na vida, o contexto é decisivo e o mindset do observador também. Daí a certeza de que a experiência de atravessar a Garganta do Paiva sobre uma estrutura metálica suspensa apenas por cabos de aço e sujeita em cada passo aos impulsos do vento será sempre definida pelas condições atmosféricas e pelo enquadramento mental do visitante.