Lucro da Jerónimo Martins sobe 66,3% no primeiro trimestre
O resultado operacional melhorou 4%, para 322 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano.
Os lucros da Jerónimo Martins SGPS subiram 66,3% no primeiro trimestre, face a igual período de 2020, para 58 milhões de euros, divulgou esta quarta-feira a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os lucros da Jerónimo Martins SGPS subiram 66,3% no primeiro trimestre, face a igual período de 2020, para 58 milhões de euros, divulgou esta quarta-feira a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins refere que, “se excluída a aplicação IFRS16”, os resultados líquidos “cresceram 16,9%, para 71 milhões de euros. “Com a IFRS16” os lucros “aumentaram 66,3%, para 58 milhões de euros”.
O grupo salienta que, “num contexto ainda de elevada incerteza em resultado da evolução da pandemia nos países onde […] opera [Portugal, Polónia e Colômbia], as vendas consolidadas cresceram 1,5%”, para 4786 milhões de euros (ou 5,7% a taxas de câmbio constantes) com um LFL [like-for-like, ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise] de 3,2%”.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 4%, para 322 milhões de euros, no trimestre em análise.
De acordo com a informação divulgada, em Portugal, o Pingo Doce, excluindo combustível, registou um crescimento de vendas de 0,3%, com um LFL de -1,6%. Já no Recheio, as vendas diminuíram 19,0%, com um LFL de -19,3%.
Na Polónia, as vendas da Biedronka, em moeda local, subiram 9,2%, com um LFL de 6,5%. E na Hebe, rede de farmácias e para-farmácias também na Polónia, caíram 6,3%. Excluindo o negócio das farmácias, encerrado em Julho de 2020, adianta a gestão da JM, as vendas cresceram 5,4% com um LFL de 0,1%.
Na Colômbia, as vendas da Ara subiram 0,6% em euros (10,5% em moeda local), com um LFL a subir 3,7%.
“Este trimestre é particularmente difícil de comparar com o mesmo período de 2020, quando registámos um excelente desempenho em Janeiro e Fevereiro, antes de sermos forte e inesperadamente afectados pelos primeiros efeitos, em Março, da pandemia de covid-19”, refere o presidente da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, citado em comunicado.
“A resiliência demonstrada e o bom trabalho realizado em 2020 levaram as nossas insígnias a entrar em 2021 com propostas de valor reforçadas e preparadas para responder com assertividade à incerteza que rodeia a evolução da pandemia e os seus impactos”, adianta o gestor.
“Mesmo sabendo que, pela sazonalidade, o primeiro trimestre é o de menor materialidade, os resultados alcançados são encorajadores e reforçam a nossa confiança na capacidade de cada insígnia garantir a preferência dos consumidores e entregar crescimento rentável em 2021”, remata Pedro Soares dos Santos.
No exercício de 2020, o lucro do grupo Jerónimo Martins caiu 19,9%, face a 2019, para 312 milhões de euros, sob a Norma Internacional de Relato Financeiro IFRS 16.