Tribunal recusa processo de Wade Robson, alegada vítima de Michael Jackson
O juiz californiano considerou que as empresas alvo do processo, a MJJ Productions e a MJJ Ventures, responsáveis pela gestão de carreira de Michael Jackson, não eram responsáveis pela segurança de Wade Robson, que terá sido abusado a partir dos 10 anos, e que não tinham poder para controlar as acções do cantor.
Segunda derrota no tribunal para os homens que acusam Michael Jackson de repetidos abusos sexuais, denunciados no documentário de 2019 Leaving Neverland. O ano passado, o juiz californiano Mark A Young recusou levar a julgamento o processo interposto contra a MJJ Productions e a MJJ Ventures por James Safechuck, que acusa o cantor de abusos sexuais que terão começado quando tinha 10 anos, no final dos anos 1980, prolongando-se aqueles até meados dos anos 1990. O juiz considerou então que as empresas, responsáveis pela gestão de carreira de Michael Jackson, não eram responsáveis pela segurança de Safechuck e que não tinham poder para controlar as acções do cantor. Esta segunda-feira, os mesmos argumentos foram invocados, pelo mesmo juiz, para tomar igual decisão relativamente ao processo iniciado por Wade Robson, também alegadamente alvo dos abusos de Jackson no mesmo período.
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Segunda derrota no tribunal para os homens que acusam Michael Jackson de repetidos abusos sexuais, denunciados no documentário de 2019 Leaving Neverland. O ano passado, o juiz californiano Mark A Young recusou levar a julgamento o processo interposto contra a MJJ Productions e a MJJ Ventures por James Safechuck, que acusa o cantor de abusos sexuais que terão começado quando tinha 10 anos, no final dos anos 1980, prolongando-se aqueles até meados dos anos 1990. O juiz considerou então que as empresas, responsáveis pela gestão de carreira de Michael Jackson, não eram responsáveis pela segurança de Safechuck e que não tinham poder para controlar as acções do cantor. Esta segunda-feira, os mesmos argumentos foram invocados, pelo mesmo juiz, para tomar igual decisão relativamente ao processo iniciado por Wade Robson, também alegadamente alvo dos abusos de Jackson no mesmo período.
Segundo informa a BBC News, Mark A Young determina na sua decisão que as empresas “não tinham competência legal” para controlar o comportamento de Michael Jackson, tendo em conta que ele era o único proprietário das mesmas, com o poder de “afastar qualquer um e todos os membros do conselho directivo sem justa causa ou notificação”. O juiz determinou ainda que Wade Robson se mostrou incapaz de comprovar qualquer transgressão ou comportamento ultrajante por parte das referidas empresas, criadas por Michael Jackson, que viria a morrer em 2009, para gerir a sua carreira.
No processo interposto por James Safechuck e recusado o ano passado, as empresas eram acusadas de, paralelamente à gestão de carreira de Michael Jackson, servirem para “localizar, atrair e seduzir” crianças, futuras vítimas de abuso sexual por parte do cantor. O advogado de Safechuck, Vince Finaldi, argumentava então que havia responsabilidade das empresas para com o seu cliente, dado que este “era um empregado que trabalhava em nome delas como dançarino e entertainer no palco com Michael”.
Perante nova derrota judicial, Finaldi, que é também advogado de Wade Robson, declarou agora que a decisão do juiz Mark A Young contém “erros fatais” e propõe-se levar o caso dos seus clientes, “se necessário”, ao Supremo Tribunal norte-americano. Para o advogado, está em causa a possibilidade de se estabelecer um “precedente perigoso” no que diz respeito à protecção de menores perante abusos sexuais no mundo do entretenimento.
A família de Michael Jackson, que sempre negou as acusações de pedofilia, manifestou-se agradada com o desfecho dos casos. “Apesar de ter sido ridicularizada, caluniada e marginalizada, a família manteve-se forte e nunca vacilou”, declarou Taj Jackson, sobrinho de Michael Jackson, filho do seu irmão Tito.