Desvendadas mais pistas sobre a possível entrada do SARS-CoV-2 no cérebro
Equipa do português Ricardo Costa apresentou esta terça-feira numa conferência da Sociedade Americana de Fisiologia um “ponto de partida” que poderá ajudar a explicar porque é que alguns doentes com covid-19 têm sintomas neurológicos.
Sintomas neurológicos têm sido reportados em alguns doentes com covid-19. Mas o que está por detrás dessa ligação? A equipa do português Ricardo Costa, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Luisiana (em Shreveport, nos Estados Unidos), tem estado a explorar como células do cérebro podem ser susceptíveis à infecção do SARS-CoV-2. Em culturas celulares, confirmou que tanto astrócitos como neurónios podem ser infectados e expressar a ACE2 – a proteína que o vírus usa para infectar as células humanas. Esta observação pode ajudar a explicar porque é que alguns doentes têm sintomas neurológicos. Mas estes ainda são resultados iniciais e o grupo pretende obter mais detalhes de como o vírus pode entrar no cérebro. O grande objectivo é a identificação de alvos terapêuticos para tratar esses sintomas.
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Sintomas neurológicos têm sido reportados em alguns doentes com covid-19. Mas o que está por detrás dessa ligação? A equipa do português Ricardo Costa, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Luisiana (em Shreveport, nos Estados Unidos), tem estado a explorar como células do cérebro podem ser susceptíveis à infecção do SARS-CoV-2. Em culturas celulares, confirmou que tanto astrócitos como neurónios podem ser infectados e expressar a ACE2 – a proteína que o vírus usa para infectar as células humanas. Esta observação pode ajudar a explicar porque é que alguns doentes têm sintomas neurológicos. Mas estes ainda são resultados iniciais e o grupo pretende obter mais detalhes de como o vírus pode entrar no cérebro. O grande objectivo é a identificação de alvos terapêuticos para tratar esses sintomas.