Condenada a 25 anos de prisão uma das mulheres acusadas de matar homem no Algarve
Tribunal deu como provado que Maria Malveiro matou Diogo Gonçalves, embora não tenha conseguido provar a participação no homicídio da outra arguida, Mariana Fonseca.
O Tribunal de Portimão condenou esta terça-feira a 25 anos de prisão uma das mulheres acusadas de matar um homem no Algarve e a quatro anos a outra, que vai ficar em liberdade até que a decisão transite em julgado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Tribunal de Portimão condenou esta terça-feira a 25 anos de prisão uma das mulheres acusadas de matar um homem no Algarve e a quatro anos a outra, que vai ficar em liberdade até que a decisão transite em julgado.
Na leitura do acórdão, a presidente do colectivo que julgou o caso afirmou que o tribunal deu como provado que Maria Malveiro matou Diogo Gonçalves, embora não tenha conseguido provar a participação no homicídio da outra arguida, Mariana Fonseca.
O tribunal decidiu, assim, condenar Maria Malveiro a 25 anos de prisão, e Mariana Fonseca a quatro anos, decretando a sua restituição imediata à liberdade, já que os crimes que lhe são imputados não são passíveis de configurar a aplicação de prisão preventiva.
Mariana Fonseca, enfermeira, de 24 anos, e Maria Malveiro, segurança, de 20 anos, estavam acusadas dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática, roubo simples e uso de veículo.
As duas mulheres eram suspeitas de terem asfixiado Diogo Gonçalves até à morte na sua própria casa, em Algoz, Silves. O jovem informático conhecia as suspeitas, e Mariana Malveiro tinha trabalhado no mesmo estabelecimento hoteleiro onde este exercia funções de informático. Tinham uma relação de amizade próxima.
O objectivo seria a apropriação dos cerca de 75 mil euros que a vítima tinha recebido de indemnização pela morte da mãe, que morreu em Julho de 2016 em Albufeira na sequência de um atropelamento e fuga dos condutores.
O corpo de Diogo Gonçalves foi transportado para a casa onde ambas viviam, tendo sido desmembrado entre 20 e 25 de Março. A 26 de Março, o corpo do jovem foi encontrado parcialmente embrulhado em plástico, sem braços nem pés, em Sagres. A cabeça foi encontrada a 150 quilómetros do resto do corpo por um casal de turistas franceses que passeava em Pego do Inferno, em Tavira.