Covid-19: o que fazer com os autotestes após a utilização?

Desde o início do mês, já foram vendidos milhares de autotestes à covid-19 nas farmácias portuguesas. Porém, é necessário seguir algumas regras após a sua utilização, uma vez que estes resíduos podem conter material infeccioso com risco para o ambiente e para a saúde pública. O P3 reuniu algumas perguntas (e respostas).

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MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Os autotestes à covid-19 chegaram às farmácias e parafarmácias portuguesas no início do mês e, desde então, já foram vendidos milhares destes produtos que permitem a qualquer pessoa fazer um teste de diagnóstico à covid-19 no seu domicílio. Porém, estes autotestes, assim como os testes rápidos utilizados por profissionais de saúde, devem ser utilizados e despejados no lixo de acordo com algumas regras, uma vez que podem conter material infeccioso e implicar um risco para o ambiente e para a saúde pública.

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Os autotestes à covid-19 chegaram às farmácias e parafarmácias portuguesas no início do mês e, desde então, já foram vendidos milhares destes produtos que permitem a qualquer pessoa fazer um teste de diagnóstico à covid-19 no seu domicílio. Porém, estes autotestes, assim como os testes rápidos utilizados por profissionais de saúde, devem ser utilizados e despejados no lixo de acordo com algumas regras, uma vez que podem conter material infeccioso e implicar um risco para o ambiente e para a saúde pública.

Neste sentido, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu, com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde e do Infarmed, uma série de orientações para a gestão de resíduos após a utilização de “testes rápidos” de diagnóstico à covid-19, “com vista à protecção da saúde pública e dos trabalhadores afectos à recolha e tratamento de resíduos e à prevenção da disseminação da doença, compatibilizando-a com a necessidade de uma gestão eficaz e eficiente dos resíduos”. O P3 reuniu algumas perguntas (e respostas):

Como devo fazer a gestão dos resíduos em casa?

Os componentes utilizados durante a realização dos testes rápidos em casa que tenham tido resultado negativo devem ser colocados no saco plástico que faz parte do kit (ou num outro saco plástico) e depositados no contentor destinado aos resíduos indiferenciados (“lixo comum”), juntamente com os restantes resíduos resultantes do processo.

Caso o autoteste tenha tido um resultado positivo, “pelo princípio da precaução”, os resíduos devem ser colocados em dois sacos plástico e depositados no lixo comum.

Os resíduos não devem, em nenhum dos casos, ser depositados no ecoponto ou contentor de recolha selectiva.

Como deve ser feita a gestão dos resíduos nas farmácias?

Caso o teste rápido seja realizado no local de venda por um profissional de saúde, nomeadamente numa farmácia, os resíduos resultantes de testes com resultado positivo devem ser colocados no saco plástico que integra o kit de diagnóstico (ou noutro saco plástico) e depositados num contentor específico para resíduos de risco biológico (Grupo III), “sendo classificados com o código LER 18 01 03 — resíduos cujas recolha e eliminação estão sujeitas a requisitos específicos com vista à prevenção de infecções”.

Se o resultado do teste tiver sido negativo, os resíduos devem ser colocados num saco plástico (como aquele que integra o kit) e “acondicionados num contentor, devendo os mesmos ser classificados com o código LER 18 01 04 resíduos cujas recolha e eliminação não estão sujeitas a requisitos específicos com vista à prevenção de infecções”.

Como fazer a gestão dos resíduos em lares, escolas ou empresas?

Nos locais com “produção de quantidades significativas” de resíduos de testes rápidos à covid-19, nomeadamente em escolas, lares, empresas e serviços, os resíduos dos testes com resultado positivo devem ser colocados num saco plástico, depositados num contentor específico para resíduos de risco biológico (Grupo III) e classificados com o código LER 18 01 03, tal como acontece nas farmácias.

Caso o teste seja negativo, os resíduos devem ser colocados num saco plástico e acondicionados num contentor para resíduos cujas recolha e eliminação não estão sujeitas a requisitos específicos com vista à prevenção de infecções.

Segundo a APA, estas orientações têm em conta as “diferentes indicações fornecidas pelos fabricantes dos testes rápidos relativas ao risco infeccioso dos componentes dos testes pós-utilização”, assim como as recomendações de outros países e a “percepção de risco da população e trabalhadores da área dos resíduos”, de forma a evitar a paragem das instalações de tratamento de resíduos.