Morreu Alber Elbaz, o designer responsável pelo rejuvenescimento da Lanvin
O designer, de 59 anos, tinha criado a sua própria marca no início deste ano. Morreu de covid-19.
Morreu o designer francês, de origem israelita, Alber Elbaz. A notícia foi confirmada pela empresa de moda de luxo Richemont, no domingo, adiantando que o ex-director criativo da casa de moda francesa Lanvin morreu de covid-19. Em Janeiro deste ano, durante a Semana de Moda de Paris, o designar tinha lançado uma marca própria, a AZ Factory.
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Morreu o designer francês, de origem israelita, Alber Elbaz. A notícia foi confirmada pela empresa de moda de luxo Richemont, no domingo, adiantando que o ex-director criativo da casa de moda francesa Lanvin morreu de covid-19. Em Janeiro deste ano, durante a Semana de Moda de Paris, o designar tinha lançado uma marca própria, a AZ Factory.
“Foi com choque e enorme tristeza que soube da morte repentina de Alber”, declarou Johann Rupert, presidente da Richemont, que descreve Elbaz como um “amigo querido”. A AZ Factory foi lançada no seio da Richemont com quem o designer trabalhava desde 2019, com o objectivo de aliar o artesanato com a tecnologia.
“Alber tinha uma reputação merecida pois era considerado uma das figuras mais brilhantes e amadas da indústria. Sempre me encantou com a sua inteligência, sensibilidade, generosidade e criatividade desenfreada”, acrescentou Rupert.
O designer, que ficou conhecido pelo seu trabalho na maison Lanvin, de 2001 a 2015, morreu no sábado, em Paris. Entre as suas criações estava o vestido usado por Meryl Streep, quando recebeu o Óscar de Melhor Atriz, em 2012, por A Dama de Ferro. E vestiu outras celebridades como Nicole Kidman, Julianne Moore e Kate Moss.
Elbaz nasceu em Marrocos e cresceu em Israel, onde fez o serviço militar. A sua carreira começou nos EUA, em Nova Iorque, onde trabalhou com o designer Geoffrey Beene, durante vários anos. Em 1996, tornou-se o director de design da Guy Laroche, em Paris; antes de se juntar a Yves Saint Laurent como director criativo da sua marca de pronto-a-vestir, a Rive Gauche. Foi em 2001 que chegou à Lanvin, onde obteve sucesso comercial e também da crítica, que reconhecia que o artista punha a mulher em primeiro lugar e não o design.
Durante os 14 anos que esteve à frente da maison francesa, este recuperou o sucesso que tivera outrora, rejuvenescendo a griffe, por exemplo, com modernas versões de vestidos de coquetel de seda, leves e coloridos. “Tratava-se apenas de dar conforto às mulheres”, confessou Elbaz, quando apresentou vestidos com fecho-éclair.
Tendo entrado em desacordo com a marca, o designer acabaria por sair em 2015 e esta acabou por ser adquirida pela chinesa Fosun. Depois disso, fez algumas colaborações pontuais com a italiana Tod's.
A presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo, descreveu a morte de Elbaz como uma grande tristeza. “Alber Elbaz era um homem talentoso e generoso, que amava muito Paris. Ele fará falta”, escreveu no Twitter.