Do Brasil à Índia: disparidade no acesso às vacinas “pode comprometer” combate às novas variantes

As novas variantes do coronavírus continuam a intrigar a comunidade científica. Do Brasil à Índia, no meio de tanta incerteza, a vacina parece ser a única solução para travar as mutações.

Foto
Manaus foi o epicentro da nova vaga de covid-19 no Brasil Reuters/ANDREW KELLY

Com a atenção mundial centrada na nova variante da Índia, que já chegou ao continente europeu, o Brasil ainda tenta descodificar o mistério em torno das mutações que o vírus que provoca a covid-19 sofreu no país. A variante identificada em Manaus, no estado do Amazonas, é a grande responsável pelo aumento de novos casos no início do ano e a consequente subida do número de mortes. Paola Resende, virologista do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), alerta para a necessidade de se acelerar o processo de vacinação em todo o mundo, apelando a uma maior equidade no acesso às vacinas. Se protegermos apenas uma parte da população, o vírus pode continuar a circular noutras regiões e receber mutações que podem até furar a protecção das actuais vacinas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Com a atenção mundial centrada na nova variante da Índia, que já chegou ao continente europeu, o Brasil ainda tenta descodificar o mistério em torno das mutações que o vírus que provoca a covid-19 sofreu no país. A variante identificada em Manaus, no estado do Amazonas, é a grande responsável pelo aumento de novos casos no início do ano e a consequente subida do número de mortes. Paola Resende, virologista do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), alerta para a necessidade de se acelerar o processo de vacinação em todo o mundo, apelando a uma maior equidade no acesso às vacinas. Se protegermos apenas uma parte da população, o vírus pode continuar a circular noutras regiões e receber mutações que podem até furar a protecção das actuais vacinas.