Sexo, religião, habitação: críticas a Censos “feitos à pressa” não páram
Mais de três milhões de pessoas já responderam, mas levantamento continua a motivar discussão.
Críticas em relação aos critérios para identificação de pessoas em situação de sem-abrigo. Críticas à ausência de questões sobre identidade de género e orientação sexual. Alertas sobre a lista de religiões e, ainda, sobre eventuais dificuldades da comunidade imigrante no preenchimento do inquérito. Na quinta-feira, já havia respostas de 1.521.806 alojamentos de residência habitual e de 3.755.019 pessoas, segundo dados que vão sendo actualizados no site do Instituto Nacional de Estatística (INE). Porém, e já depois de a ILGA Portugal e o BE terem apontado o dedo à “invisibilidade das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, ‘trans’ e intersexo no Censos de 2021”, a discussão em torno do processo continua e mais chamadas de atenção surgem. “Parece-me uma coisa feita à pressa, sem grande interesse em perceber qual a dimensão da diversidade que existe em Portugal”, diz a antropóloga, professora universitária e investigadora do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, do ISCTE-IUL, Cristina Santinho.
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Críticas em relação aos critérios para identificação de pessoas em situação de sem-abrigo. Críticas à ausência de questões sobre identidade de género e orientação sexual. Alertas sobre a lista de religiões e, ainda, sobre eventuais dificuldades da comunidade imigrante no preenchimento do inquérito. Na quinta-feira, já havia respostas de 1.521.806 alojamentos de residência habitual e de 3.755.019 pessoas, segundo dados que vão sendo actualizados no site do Instituto Nacional de Estatística (INE). Porém, e já depois de a ILGA Portugal e o BE terem apontado o dedo à “invisibilidade das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, ‘trans’ e intersexo no Censos de 2021”, a discussão em torno do processo continua e mais chamadas de atenção surgem. “Parece-me uma coisa feita à pressa, sem grande interesse em perceber qual a dimensão da diversidade que existe em Portugal”, diz a antropóloga, professora universitária e investigadora do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, do ISCTE-IUL, Cristina Santinho.