António Guterres: da Igreja da Luz ao topo do mundo, passando pela improvável liderança do PS
Quase 700 páginas para descrever a vida de um político com um percurso a todos os títulos excepcional. Um trabalho árduo e exaustivo de dois autores que ouviram meio mundo para contá-lo. Falta, talvez, um olhar mais crítico sobre os seus defeitos, as suas motivações ou os seus fracassos. Mas quem, nesta altura, se atreve a criticar abertamente o secretário-geral da ONU?
Os dois jovens autores de O Mundo Não Tem de Ser Assim, Pedro Latoeiro e Filipe Domingues, são dois nomes relativamente desconhecidos, que se interessaram pela vida do político português que venceu uma corrida improvável para secretário-geral das Nações Unidas. Percebe-se a curiosidade. António Guterres não teria grandes hipóteses, pelo menos para quem não o conhecesse bem. Algumas das potências que têm lugar cativo e direito de veto no Conselho de Segurança tinham decidido que seria a vez de uma mulher. Estávamos no início de 2016, Hillary Clinton seria com toda a probabilidade a primeira mulher a ocupar o lugar do “homem mais poderoso do mundo”. Angela Merkel reinava sobre a Europa. Havia algumas potenciais candidatas com experiência, perfil e apoios para ganharem a competição. O que aconteceu no complexo processo de escolha foi o ponto de partida. O resultado acabou por traduzir-se em quase 700 páginas de uma biografia – a lançar no dia 4 de Maio pela Casa das Letras – em que praticamente nada fica por tentar compreender na personalidade e na longa carreira política do homem que vai provavelmente liderar a ONU por mais cinco anos.
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Os dois jovens autores de O Mundo Não Tem de Ser Assim, Pedro Latoeiro e Filipe Domingues, são dois nomes relativamente desconhecidos, que se interessaram pela vida do político português que venceu uma corrida improvável para secretário-geral das Nações Unidas. Percebe-se a curiosidade. António Guterres não teria grandes hipóteses, pelo menos para quem não o conhecesse bem. Algumas das potências que têm lugar cativo e direito de veto no Conselho de Segurança tinham decidido que seria a vez de uma mulher. Estávamos no início de 2016, Hillary Clinton seria com toda a probabilidade a primeira mulher a ocupar o lugar do “homem mais poderoso do mundo”. Angela Merkel reinava sobre a Europa. Havia algumas potenciais candidatas com experiência, perfil e apoios para ganharem a competição. O que aconteceu no complexo processo de escolha foi o ponto de partida. O resultado acabou por traduzir-se em quase 700 páginas de uma biografia – a lançar no dia 4 de Maio pela Casa das Letras – em que praticamente nada fica por tentar compreender na personalidade e na longa carreira política do homem que vai provavelmente liderar a ONU por mais cinco anos.