Porto começa a aquecer antes da Feira do Livro com um Warm-up musical em Julho e Agosto

Enquanto se aguarda a abertura da feira, a 27 de Agosto, os jardins do Palácio de Cristal começam aquecer já a partir de 16 de Julho com seis fins-de-semana de concertos e outras iniciativas.

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Paulo Pimenta

A preceder a Feira do Livro do Porto, que este ano será dedicada a Júlio Dinis e terá como programadores convidados a ensaísta Helena Buescu e o ficcionista Gonçalo M. Tavares, os jardins do Palácio de Cristal irão acolher, de 16 de Julho a 22 de Agosto, o ciclo Warm-up, um programa de concertos e outros eventos que decorrerá ao longo de seis fins-de-semana e que incluirá, já a 17 de Julho, o lançamento do novo disco de Rui Reininho, 20.000 Éguas Submarinas.

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A preceder a Feira do Livro do Porto, que este ano será dedicada a Júlio Dinis e terá como programadores convidados a ensaísta Helena Buescu e o ficcionista Gonçalo M. Tavares, os jardins do Palácio de Cristal irão acolher, de 16 de Julho a 22 de Agosto, o ciclo Warm-up, um programa de concertos e outros eventos que decorrerá ao longo de seis fins-de-semana e que incluirá, já a 17 de Julho, o lançamento do novo disco de Rui Reininho, 20.000 Éguas Submarinas.

O programa foi apresentado esta sexta-feira na Biblioteca Almeida Garrett pelo director do Museu da Cidade, Nuno Faria, que explicou que Warm Up funcionará como uma programação de Verão rumo à Feira do Livro, permitindo ao mesmo tempo resgatar festivais e outros eventos da cidade afectados pela pandemia.

Depois de uma edição de 2020 que, em plena pandemia, foi um sucesso de visitantes e bateu recordes de vendas, a Feira do Livro deste ano, da qual Nuno Faria é também coordenador, e que voltará a realizar-se com as restrições que a covid-19 continua a impor, vai abrir a 27 de Agosto e fechar as 12 de Setembro, precisamente a data em que se cumprem os 150 anos do nascimento de Júlio Dinis (1839-1871), o escritor homenageado nesta edição, autor de Uma Família Inglesa ou As Pupilas do Senhor Reitor.

Mas antes de as bancas de livros voltarem à Avenida das Tílias haverá seis fins-de-semana de concertos na Concha Acústica e noutros locais dos jardins do Palácio de Cristal, a começar já a 16 e 17 de Julho com sessões de spoken word pelos projectos musicais Mao-Mao, Nómada Urbe e A Flor do Lácio e o já referido concerto de lançamento do novo disco de Rui Reininho, que terá a seu lado em palco os músicos Paulo Borges e Alexandre Soares.

O segundo fim-de-semana, de 23 a 25 de Julho, é inteiramente reservado ao festival da associação Porta-Jazz, com 14 concertos que envolverão cerca de 60 músicos. E a 30 e 31 de Julho, a proposta é que passemos os finais de tarde ao som do Porto Blues Festival, cujo programa incluirá, no segundo dia, a actuação dos Budda Power Blues e de Maria João, que apresentarão o álbum Blues Experience 2 na Concha Acústica.

A 7 e 8 de Agosto, depois de uma paragem imposta pela pandemia, regressa o festival Eléctrico com dois dias a cargo de produtores e DJ nacionais. Rui Vargas, Pedro Tenreiro, Diana Oliveira, Helena Guedes, Serginho, Xinobi e Alex FX são alguns nomes já confirmados.

O Festival Womex e as músicas do mundo vão depois invadir a Casa do Roseiral a 13 e 14 de Agosto. A cantora Lina e o músico catalão Raül Refree protagonizarão um “encontro improvável entre fado e música electrónica” num fim-de-semana que contará ainda com Cremilda, uma das novas vozes da música tradicional cabo-verdiana.  

E o Warm up termina no fim-de-semana de 21 e 22 de Agosto com um “piquenique dançante sobre a relva”, inspirado no quadro Le déjeuner sur l'herbe, do pintor impressionista Édouard Manet, que “abre a possibilidade do convívio à volta de uma toalha, onde se partilha comida, conversa e música”. E por falar em música, a não perder, no dia 21, o regresso do grupo portuense Ban, com Ana Deus, João Loureiro e Rui Fernandes a interpretarem os temas que fizeram o sucesso da banda nos anos oitenta, de Alma Dorida ou Irreal Social a Dias Atlânticos.  

“Começámos a imaginar o que seria o Verão e a pensar nas pessoas que vão ficar por cá, seja por razões económicas, seja porque não querem viajar, seja porque ainda não sabemos como é que vai ser o Verão em termos de pandemia”, referiu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, no final da apresentação de Warm-Up, que é também, referiu, um apoio do município às estruturas culturais e aos artistas da cidade, “que têm sido muito fustigados durante todo este tempo”.

Nuno Faria anunciou ainda que a Feira do Livro do Porto vai ter este ano duas novas extensões, uma na Quinta da Macieirinha, com a reabertura da extensão do Romantismo do Museu da Cidade, e outra na recém-criada Biblioteca Popular de Pedro Ivo, na Praça do Marquês, que evoca a obra do popular escritor portuense que lhe deu nome.