Séculos de raiva e desconfiança ficaram gravados nas algemas de Chauvin
As comparações com o julgamento dos polícias que espancaram Rodney King, há quase 30 anos, mostram que a morte de George Floyd pode ser um momento de mudança. Mas os EUA já estiveram na mesma encruzilhada noutras épocas, com resultados pouco animadores.
O momento em que o juiz Peter Cahill disse a palavra “culpado” após a leitura de cada uma das três acusações contra o ex-polícia Derek Chauvin, na terça-feira, no final do julgamento do homicídio de George Floyd, foi recebido com um sentimento de justiça na comunidade afro-americana e com alívio um pouco por todo o país. Na memória de muitos estavam os 63 mortos e as centenas de lojas saqueadas e destruídas pelo fogo em quatro dias de motins em Los Angeles, há quase 30 anos, quando os quatro polícias que foram filmados a espancar o afro-americano Rodney King saíram do tribunal sem qualquer condenação.
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O momento em que o juiz Peter Cahill disse a palavra “culpado” após a leitura de cada uma das três acusações contra o ex-polícia Derek Chauvin, na terça-feira, no final do julgamento do homicídio de George Floyd, foi recebido com um sentimento de justiça na comunidade afro-americana e com alívio um pouco por todo o país. Na memória de muitos estavam os 63 mortos e as centenas de lojas saqueadas e destruídas pelo fogo em quatro dias de motins em Los Angeles, há quase 30 anos, quando os quatro polícias que foram filmados a espancar o afro-americano Rodney King saíram do tribunal sem qualquer condenação.