Sporting ainda invicto, mas mais vulnerável
“Leões” salvam empate (2-2) frente à Belenenses-SAD depois de terem estado a perder por 0-2. FC Porto pode ficar a quatro pontos.
Há exactamente um mês, o Sporting era um líder tranquilo e invencível. Tinha dez pontos de vantagem sobre o segundo classificado e a história do campeonato português dizia que nunca um líder com esta vantagem tinha deixado de ser campeão. Só que os “leões” sofreram o seu terceiro empate nos últimos quatro jogos, um 2-2 frente ao Belenenses SAD, num jogo em que estiveram a perder por 0-2 até aos 84’. Mas dois golos nos últimos minutos mantiveram a invencibilidade do Sporting, cuja vantagem agora de sete pontos para o FC Porto pode baixar para quatro. E se isso acontecer, a corrida pelo título, com seis jornadas por disputar, fica completamente em aberto.
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Há exactamente um mês, o Sporting era um líder tranquilo e invencível. Tinha dez pontos de vantagem sobre o segundo classificado e a história do campeonato português dizia que nunca um líder com esta vantagem tinha deixado de ser campeão. Só que os “leões” sofreram o seu terceiro empate nos últimos quatro jogos, um 2-2 frente ao Belenenses SAD, num jogo em que estiveram a perder por 0-2 até aos 84’. Mas dois golos nos últimos minutos mantiveram a invencibilidade do Sporting, cuja vantagem agora de sete pontos para o FC Porto pode baixar para quatro. E se isso acontecer, a corrida pelo título, com seis jornadas por disputar, fica completamente em aberto.
Petit, o treinador do Belenenses SAD, tinha lançado este jogo de uma forma curiosa. Queria tirar a virgindade à única equipa invencível do campeonato. Tinha estado perto de o fazer na primeira volta (acabaria por perder), e Rúben Amorim lembrava-se bem desse jogo, o suficiente para considerar que os “azuis” do Jamor eram um perigo real ao líder invicto. E desde o primeiro minuto se percebeu porquê. Com um bloco harmonioso nos seus movimentos, o Belenenses SAD sabia sempre o que fazer em todos os momentos perante um Sporting cuja falta de inspiração inicial já não era propriamente uma novidade.
Havia espaço para manobrar, mas não havia profundidade. Qualquer aproximação “leonina” tinha uma resposta defensiva dos “azuis” em superioridade numérica e, assim, as coisas ficavam difíceis. E os homens de Petit não precisaram de muito tempo para forçar um raro erro defensivo do líder. Aos 13’, Miguel Cardoso teve a bola controlada no flanco esquerdo, segurou-a perante Inácio até à entrada de Varela, que foi à linha, cruzou e Cassierra, perante a fraca marcação de Matheus Reis, fez o 0-1.
Durante a primeira parte, o Sporting viveu demasiado das incursões de Nuno Mendes pela esquerda e das movimentações de Paulinho. Houve várias aproximações perigosas, mas nada corria bem aos “leões”.
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Tiago Tomás teve três ensaios à baliza “azul”, mas nenhuma delas teve o destino desejado, a mais perigosa de todas aos 28’, num lance em que Palhinha levou a bola para a frente e o jovem avançado “leonino” atirou ao lado.
Com toda a desinspiração demonstrada na primeira parte, o Sporting teve uma oportunidade gigante de ir para o intervalo com o jogo empatado. Foi mais uma vez Nuno Mendes a fazer estragos no flanco, acabando por sofrer uma falta imprudente já dentro da área do experiente brasileiro Henrique. O árbitro marcou penálti e João Mário avançou para a marca dos 11 metros, mas Kritciuk, o guardião russo dos “azuis”, adivinhou o lado e defendeu.
A partir da bancada, Amorim mexeu ao intervalo, com a entrada de Nuno Santos para o lugar de Tiago Tomás, mas, antes que se visse alguma coisa, O Belenenses SAD fez o 0-2 aos 54’. Inácio faz um atraso de risco para Adán, mas o guarda-redes espanhol, nem passou, nem aliviou, e Cassierra aproveitou para fazer o seu segundo do jogo.
Com toda a gente que Amorim lançou para o ataque, quem é que fez a diferença na baliza do Belenenses SAD? Um suspeito habitual. Aos 84’, Nuno Santos fez o cruzamento e Coates, já na posição de ponta-de-lança há mais de dez minutos, fez o 1-2. As esperanças “leoninas” para o jogo renasceram e os “azuis”, até então absolutamente tranquilos”, ficaram nervosos. E o líder aproveitou. Um cabeceamento de Jovane em tempo de compensação foi desviado pelo braço de Tiago Esgaio. O árbitro marcou penálti e foi o cabo-verdiano a fazer o empate. O Sporting saiu invicto, mas está cada vez mais vulnerável.