Lea Moro desacelera para atrasar a decadência

No programa online dos Dias da Dança, a coreógrafa suíça apresenta até sexta-feira (B)reaching Stillness, uma observação da quietude e da lentidão dos gestos.

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Dieter Hartwig

É uma questão de afinar o olhar, acredita a coreógrafa suíça Lea Moro. Da mesma maneira que os olhos se habituam à penumbra e nela descobrem, aos poucos, formas antes escondidas, também a aparente imobilidade obriga a que o olhar se demore em corpos parados até lhes encontrar pequenos movimentos. Aquilo em que primeiro se repara nos três intérprestes de (B)reaching Stillness (Moro, Enrico Ticconi e Jorge de Hoyos) é a ondulação que lhes percorre o tronco provocada pela respiração, passando depois para os pequenos movimentos, mesmo que involuntários, de quem tenta mas não consegue manter-se absolutamente imóvel. Foi por aqui que Lea Moro começou a explorar a sua segunda criação, estreada em 2015 e agora apresentada pelos Dias da Dança (no site do festival, das 22h00 de quarta-feira, 21 de Abril, até às 23h59 de sexta, 23), convicta de que o compromisso com a observação leva a que “comece a ver-se movimento em algo ou alguém que parece estar parado”.

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É uma questão de afinar o olhar, acredita a coreógrafa suíça Lea Moro. Da mesma maneira que os olhos se habituam à penumbra e nela descobrem, aos poucos, formas antes escondidas, também a aparente imobilidade obriga a que o olhar se demore em corpos parados até lhes encontrar pequenos movimentos. Aquilo em que primeiro se repara nos três intérprestes de (B)reaching Stillness (Moro, Enrico Ticconi e Jorge de Hoyos) é a ondulação que lhes percorre o tronco provocada pela respiração, passando depois para os pequenos movimentos, mesmo que involuntários, de quem tenta mas não consegue manter-se absolutamente imóvel. Foi por aqui que Lea Moro começou a explorar a sua segunda criação, estreada em 2015 e agora apresentada pelos Dias da Dança (no site do festival, das 22h00 de quarta-feira, 21 de Abril, até às 23h59 de sexta, 23), convicta de que o compromisso com a observação leva a que “comece a ver-se movimento em algo ou alguém que parece estar parado”.