Cascais lança serviços médicos para a população para retirar pressão dos centros de saúde
Programa inclui serviço de saúde gratuito em regime de teleconsulta e consultas ao domicílio pagas, estando também prevista a entrega de medicamentos à porta ou o transporte em ambulância para o hospital. Todos os munícipes poderão ter acesso a estes serviços desde que tenham o cartão Viver Cascais.
O município de Cascais lançou esta terça-feira um plano de saúde, como se se tratasse de um “seguro de saúde gratuito”, para toda a população. O Vida Cascais, assim o designaram, será um dos pilares do SL3S – Sistema Local de Saúde e Solidariedade Social e um canal que concentrará serviços de cuidados cascalenses, prestados pelas entidades locais nas áreas da saúde, do bem-estar, do envelhecimento activo e de solidariedade.
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O município de Cascais lançou esta terça-feira um plano de saúde, como se se tratasse de um “seguro de saúde gratuito”, para toda a população. O Vida Cascais, assim o designaram, será um dos pilares do SL3S – Sistema Local de Saúde e Solidariedade Social e um canal que concentrará serviços de cuidados cascalenses, prestados pelas entidades locais nas áreas da saúde, do bem-estar, do envelhecimento activo e de solidariedade.
De acordo com o município, os 214 mil residentes de Cascais poderão aceder de forma gratuita a alguns serviços: teleconsultas de medicina geral e familiar, que serão realizadas gratuitamente 24 horas por dia, todos os dias do ano, assim como teleconsultas de pediatria. Será um “serviço local de saúde que pretende reforçar e complementar o Serviço Nacional de Saúde e, espera o autarca Carlos Carreiras, retirar pressão dos centros de saúde do concelho, sobretudo neste período de pandemia. No entanto, a ideia é que este programa se mantenha além do período pandémico.
Para os munícipes que não tenham equipamentos que permitam a realização de teleconsultas em casa, o autarca diz que será articulado com as juntas de freguesia o apoio a estas populações.
O projecto Bata-branca visa, por sua vez, assegurar que todos os os munícipes terão acesso a médico de família com consultas presenciais, numa parceria entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a União das Misericórdias.
Haverá ainda o projecto-piloto Cabine Saúde, onde poderão ser feitos exames diagnóstico e check-up mais simples (como um electrocardiograma), prescritos por médicos de medicina geral e familiar, via teleconsulta, evitando assim a ida a um hospital ou a um laboratório de análises. A cabine localiza-se no Complexo Desportivo Municipal da Abóboda, na Rua Mouzinho de Albuquerque, na freguesia de São Domingos de Rana, mas, segundo o autarca, caso a experiência corra bem, podem vir a ser colocadas mais oito cabines dispersas pelo concelho. Estará disponível a partir de 3 de Maio e é uma parceria do município com a Médis e a Fundação Cascais.
Por 45 euros, os residentes portadores do Cartão Viver Cascais — essencial para aceder a estes serviços — poderão ter acesso a uma consulta médica ou de enfermagem ao domicílio, uma “valência que, até aqui, apenas era facultada aos titulares de seguros de saúde”, diz Carlos Carreiras.
Outro dos pilares do programa assentará no apoio a idosos em actividades de aprendizagem ao longo da vida, participação em projectos culturais e assistência ao domicílio, em parceria com a Fundação D. Luís e a Cruz Vermelha Portuguesa.
As consultas poderão ser agendadas a partir do 800 203 186, uma linha gratuita do município, já a partir desta terça-feira. O cartão Viver Cascais será indispensável para aceder a estes serviços, funcionando como comprovativo de morada. Pode ser pedido ao município gratuitamente.
De acordo com o autarca, este programa será financiado por parte da receita do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) que o município decidiu este ano não descer. Esse acréscimo de receita, estimado para este ano em 1,5 milhões de euros, será canalizado para financiar o programa, explicou o autarca.
Para pôr este programa em funcionamento, o município contará com o apoio das quatro juntas de freguesia, do Agrupamento de Centros de Saúde de Cascais, do Serviço Médico Permanente, da Santa Casa da Misericórdia, da Cruz Vermelha Portuguesa e das fundações D. Luís e Cascais.