Cassiano Neves e a Superliga: “Não se pode dizer que é ilegal sem sustentar”

Jurista refere que “uma limitação à liberdade de trabalho” dos jogadores deverá ser “considerada inadmissível” pelos tribunais europeus.

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Reuters/DADO RUVIC

O anúncio de que 15 dos mais poderosos clubes europeus pretendem avançar para uma Superliga Europeia provocou um terramoto no futebol europeu com consequências ainda difíceis de avaliar. Luís Cassiano Neves, advogado especialista em direito desportivo, não exclui a possibilidade de que tudo não passe de “um bluff” em “pleno processo negocial de um novo modelo” de competições da UEFA, mas alerta que os organismos que regem o futebol europeu e mundial “não podem pretender que não haja concorrência num mercado onde têm o exclusivo”, sem “demonstrarem que essa concorrência é prejudicial aos interesses que estão protegidos pelo modelo”. 

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O anúncio de que 15 dos mais poderosos clubes europeus pretendem avançar para uma Superliga Europeia provocou um terramoto no futebol europeu com consequências ainda difíceis de avaliar. Luís Cassiano Neves, advogado especialista em direito desportivo, não exclui a possibilidade de que tudo não passe de “um bluff” em “pleno processo negocial de um novo modelo” de competições da UEFA, mas alerta que os organismos que regem o futebol europeu e mundial “não podem pretender que não haja concorrência num mercado onde têm o exclusivo”, sem “demonstrarem que essa concorrência é prejudicial aos interesses que estão protegidos pelo modelo”.