Estamos num momento em que se discutiu a possibilidade de o Censos conter perguntas sobre a origem geográfica (“étnico-racial”) e em que essa caracterização vai existir em relação às populações prisionais e escolares. É também o momento em que se discute o racismo estrutural e a sua relação com a descolonização social, cultural e política. Sendo que temos mesmo necessidade de conhecer as características de origem das populações para conhecermos o retrato das nossas desigualdades, é ocasião para analisarmos as palavras e os conceitos que usamos. Porque as palavras enlouquecem. Isto é, ficam alienadas do seu sentido inicial e podem não significar o mesmo para todos. “Qual é a sua etnia?” “Qual é a sua raça?” O que é que cada um de nós responderia? E partamos da realidade de que somos todos mestiços, felizmente.
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Estamos num momento em que se discutiu a possibilidade de o Censos conter perguntas sobre a origem geográfica (“étnico-racial”) e em que essa caracterização vai existir em relação às populações prisionais e escolares. É também o momento em que se discute o racismo estrutural e a sua relação com a descolonização social, cultural e política. Sendo que temos mesmo necessidade de conhecer as características de origem das populações para conhecermos o retrato das nossas desigualdades, é ocasião para analisarmos as palavras e os conceitos que usamos. Porque as palavras enlouquecem. Isto é, ficam alienadas do seu sentido inicial e podem não significar o mesmo para todos. “Qual é a sua etnia?” “Qual é a sua raça?” O que é que cada um de nós responderia? E partamos da realidade de que somos todos mestiços, felizmente.