A pandemia “expôs fragilidades” das cidades que já não podem ser ignoradas

Em entrevista ao PÚBLICO, o geógrafo e especialista em políticas urbanas João Ferrão explica que a pandemia tornou mais evidentes as desigualdades entre a cidade planeada e a cidade inorgânica, onde vive a população socialmente mais frágil. E acredita que, ultrapassada a crise, a nova agenda das cidades terá de responder a esses problemas.

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João Ferrão surpreendeu-se com o "atrevimento" com qyue a natureza entrou na cidade, durante a pandemia Pedro Nunes

Geógrafo, investigador aposentado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, João Ferrão admite ter sido surpreendido pela forma como um vírus suspendeu o funcionamento das cidades. Passado um ano de uma crise que ainda não terminou, o antigo secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades acredita que as fragilidades que a pandemia tornou mais evidentes já não podem ser ignoradas pelos decisores. E acredita que os municípios serão capazes de levar por diante uma nova agenda que dê resposta à crise climática e a alguns dos problemas que a covid-19 exacerbou.

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Geógrafo, investigador aposentado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, João Ferrão admite ter sido surpreendido pela forma como um vírus suspendeu o funcionamento das cidades. Passado um ano de uma crise que ainda não terminou, o antigo secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades acredita que as fragilidades que a pandemia tornou mais evidentes já não podem ser ignoradas pelos decisores. E acredita que os municípios serão capazes de levar por diante uma nova agenda que dê resposta à crise climática e a alguns dos problemas que a covid-19 exacerbou.