Gustavo Dudamel será o novo director musical da Ópera Nacional de Paris por seis temporadas
Anunciada esta sexta-feira em Paris, a contratação do maestro venezuelano traz um novo impulso ao ambicioso projecto que Alexander Neef tem para a instituição lírica parisiense.
Gustavo Dudamel, maestro da Filarmónica de Los Angeles desde 2009 e uma pop star da música clássica com estrela no Passeio da Fama, vai mudar de vida a 1 de Agosto deste ano. Esta sexta-feira, numa conferência de imprensa em Paris, foi anunciado que o maestro venezuelano de 40 anos será o novo director musical da Ópera Nacional de Paris (ONP). E o jornal Le Monde diz mesmo que ele “abre uma nova era” na instituição lírica parisiense.
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Gustavo Dudamel, maestro da Filarmónica de Los Angeles desde 2009 e uma pop star da música clássica com estrela no Passeio da Fama, vai mudar de vida a 1 de Agosto deste ano. Esta sexta-feira, numa conferência de imprensa em Paris, foi anunciado que o maestro venezuelano de 40 anos será o novo director musical da Ópera Nacional de Paris (ONP). E o jornal Le Monde diz mesmo que ele “abre uma nova era” na instituição lírica parisiense.
Será a primeira vez que um maestro da América Latina ocupa este lugar. Dudamel sucede a Philippe Jordan, que foi nomeado em 2020 para a Ópera de Viena. O contrato com aquele que é um dos maestros mais célebres e respeitados mundialmente é celebrado por seis anos, até 2027, e não impedirá Dudamel de continuar a colaborar com a Orquestra Filarmónica de Los Angeles e com a El Sistema, na Venezuela.
“Estou muito contente por Gustavo Dudamel ter respondido ao convite que lhe fiz de se juntar à Ópera Nacional de Paris como director musical. Ele é um dos maestros mais talentosos e prestigiados do mundo”, diz um comunicado assinado pelo director-geral da instituição, Alexander Neef, e disponível no site da ONP . Esta nomeação, acrescenta, enquadra-se num “desejo de abertura” por parte da ópera parisiense e é testemunho de um “projecto ambicioso” para a promover através “de produções líricas e coreográficas” e “concertos sinfónicos”, agendados nos seus teatros mas também fora de muros, “num repertório que vai do clássico ao contemporâneo”.
Embora já tenha estado muitas vezes em França, com a orquestra Simon-Bolivar da Venezuela, que dirige desde os 18 anos, Dudamel só conduziu uma vez na sala parisiense, tendo então dirigido La Bohème, de Puccini, numa encenação de Claus Guth. Num comunicado também divulgado na página da ONP, Dudamel diz que, “desde a primeira nota”, a sua experiência com os artistas da Ópera de Paris foi sempre magnífica. “O nível excepcional dos músicos da Orquestra e dos artistas do Coro, o forte vínculo que pudemos estabelecer juntos durante os ensaios e apresentações de La Bohème, fizeram-me aceitar a proposta de Alexander Neef, afirma.
O maestro, cuja Fundação Dudamel promove o encontro entre músicos carenciados de diferentes países, formou-se em El Sistema, a rede de orquestras juvenis, de financiamento estatal, fundada na Venezuela em 1975 pelo maestro, economista e pedagogo José Antonio Abreu, falecido em 2018.