Covid-19. Dever geral de recolhimento mantém-se e contactos devem ser contidos, avisa Costa

António Costa alerta para a necessidade de se permanecer em casa.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O dever geral de recolhimento mantém-se, ainda que o país avance no plano de desconfinamento, disse esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa no fim da reunião do Conselho de Ministros.

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O dever geral de recolhimento mantém-se, ainda que o país avance no plano de desconfinamento, disse esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa no fim da reunião do Conselho de Ministros.

O primeiro-ministro pediu “contenção” aos portugueses, quer na circulação, quer nos contactos sociais. “Sempre que possamos ficar em casa, devemos ficar em casa. Sempre que possamos diminuir os contactos sociais, devemos diminuir os contactos sociais para evitar que a pandemia volte a crescer”, pediu.

O primeiro-ministro lembra que o objectivo é evitar uma quarta vaga, mesmo num cenário em que “o vírus tem vindo a multiplicar as suas variantes” que “têm gerado várias surpresas”. Em resposta aos jornalistas, António Costa reconhece que na reunião do Infarmed de terça-feira “alguns especialistas” alertaram para a possibilidade de um grande aumento de casos, mas defendeu a decisão de não suspender o desconfinamento durante mais uma semana.

“A gestão desta pandemia exige uma relação permanente de confiança entre quem tem de tomar decisões e o conjunto dos cidadãos”, defende Costa, defendendo a necessidade de manter a previsibilidade (e dar cumprimento ao plano anunciado a 11 de Março). Ora, uma vez que os critérios definidos permitem o desconfinamento, então essa deve ser a decisão a imperar, entende o primeiro-ministro. Só assim, acrescenta, “é que as pessoas podem orientar os seus comportamentos”.

“Já sabemos que quando nos fechamos todos em casa conseguimos controlar a pandemia, mas isto não é solução. Temos de ir retomando a normalidade da nossa vida, sem que isso signifique um descontrolo da pandemia”, diz. “Temos de continuar a ter uma monitorização muito rigorosa destas medidas. Anunciámos que esta revisão iria ser feita de 15 em 15 dias, porque nos termos da Constituição o estado de emergência é votado de 15 em 15 dias”, responde Costa. “Não podemos dizer que é a meio do estado de emergência que tomamos as medidas”.

António Costa volta a insistir na importância de dar à população alguma “previsibilidade”, para que possam gerir a sua vida e os seus negócios. “Os restaurantes que vão abrir na próxima segunda-feira precisam de saber com tempo e horas se fazem encomendas”, exemplificou. Se existe um risco? “Sim”, responde Costa. E por isso daqui a 15 dias haverá nova reavaliação, lembra.

Fronteira com Espanha continua fechada nos próximos 15 dias

“Todas as cautelas são poucas”, responde António Costa quando questionado sobre a fronteira terrestre com Espanha.

Já em relação aos voos, os critérios mantêm-se conforme os que estão em vigor. Ou seja, continuam a ser exigidos testes exigido para países com menos de 500 casos por 100 mil habitantes (como Reino Unido), enquanto os restantes terão de fazer um teste e sujeitar-se à quarentena (é o caso do Brasil). 

O primeiro-ministro não se mostrou muito preocupado com a variante sul-africana no país, afirmando que até agora a entrada dessa variante tem sido feita por via de outros países europeus (que não Portugal).