Lá atrás no tempo em 2015, quando Riley Walker se nos revelou com Primrose Green, escrevemos sobre um disco “primorosamente interpretado”, uma “delícia sónica para os nossos ouvidos”. Alertámos, porém, para o facto de ser álbum de um músico que “ainda se esconde demasiado de si mesmo, refugiado que está no porto seguro que são os seus heróis”. Os seus heróis eram Nick Drake, John Martyn e demais luminárias dos anos 1960 e 1970 que partiam da folk para criarem uma linguagem sua — no caso de Drake, pela aguda sensibilidade e pela delicadeza posta em cada acorde, em cada verso cantado; no caso de Martyn pela forma como aproveitava a folk para, em tangente ao jazz, descobrir novos territórios pedindo para ser explorados. Terminávamos essa crítica com uma confissão: “Ansiamos (e tememos) pelo futuro de Ryley Walker”.
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Lá atrás no tempo em 2015, quando Riley Walker se nos revelou com Primrose Green, escrevemos sobre um disco “primorosamente interpretado”, uma “delícia sónica para os nossos ouvidos”. Alertámos, porém, para o facto de ser álbum de um músico que “ainda se esconde demasiado de si mesmo, refugiado que está no porto seguro que são os seus heróis”. Os seus heróis eram Nick Drake, John Martyn e demais luminárias dos anos 1960 e 1970 que partiam da folk para criarem uma linguagem sua — no caso de Drake, pela aguda sensibilidade e pela delicadeza posta em cada acorde, em cada verso cantado; no caso de Martyn pela forma como aproveitava a folk para, em tangente ao jazz, descobrir novos territórios pedindo para ser explorados. Terminávamos essa crítica com uma confissão: “Ansiamos (e tememos) pelo futuro de Ryley Walker”.