Imunologista Maria de Sousa dá nome a programa de bolsas de doutoramento

A cientista morreu a 14 de Abril de 2020, aos 80 anos, com covid-19.

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A imunologista Maria de Sousa Nuno Ferreira Santos

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) decidiu homenagear a imunologista Maria de Sousa, que morreu há um ano com covid-19, atribuindo o seu nome a um programa de bolsas de doutoramento em epidemiologia e virologia.

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A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) decidiu homenagear a imunologista Maria de Sousa, que morreu há um ano com covid-19, atribuindo o seu nome a um programa de bolsas de doutoramento em epidemiologia e virologia.

A presidente da FCT, Helena Pereira, disse esta quarta-feira à agência Lusa que este programa de bolsas de doutoramento, lançado em 2020 com outra designação, prevê atribuir anualmente 50 bolsas, num total de 250 até 2024.

O aviso de abertura do concurso de 2021 foi agora publicado no portal da FCT, com o prazo para a submissão das candidaturas a decorrer entre 1 e 30 de Junho.

O programa de bolsas de doutoramento Maria de Sousa “é orientado para a obtenção de novos conhecimentos que permitam criar competências para respostas a fenómenos epidemiológicos e virológicos, incluindo pandémicos, e que se traduzam em medidas de prevenção eficientes, melhores cuidados de saúde e num apoio efectivo aos cidadãos”.

Este programa de bolsas, ao qual podem candidatar-se investigadores de qualquer área científica que pretendam obter o grau académico de doutor, replica as orientações e os objectivos do concurso de bolsas de doutoramento Doctorates 4 Covid-19, aberto em Abril de 2020 no quadro do novo coronavírus SARS-CoV-2 e da pandemia da covid-19.

Serão financiados pela FCT os doutorandos cujos planos de trabalho se enquadrem nos objectivos do programa, como a caracterização de mecanismos de infecção viral, de resistência e transmissão dos vírus, da resposta imunológica e serológica do hospedeiro e de factores de risco de infecção e doença grave por vírus, assim como a definição de estratégias de diagnóstico, prevenção, tratamento de doença e preparação para novas epidemias, incluindo vacinas, e a avaliação do impacto psicológico e das alterações de comportamento associadas a pandemias.

A FCT, principal entidade, na dependência do Governo, que subsidia a investigação científica em Portugal, nomeadamente através de bolsas de doutoramento, lança o novo concurso, em colaboração com a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica, no dia em que perfaz um ano sobre a morte da imunologista e professora universitária Maria de Sousa.

A cientista morreu em 14 de Abril de 2020, aos 80 anos, com covid-19.

As bolsas de doutoramento, que têm a duração de quatro anos, são um subsídio concedido mensalmente aos beneficiários que fazem investigação científica em regime de exclusividade, não podendo exercer qualquer outra actividade remunerada.