OMS pede suspensão mundial da venda de mamíferos vivos em mercados
A Organização Mundial de Saúde quer que a venda de mamíferos, em mercados, seja suspensa em todo o mundo. Especialistas indicados pela OMS defendem que estes animais são, muitas vezes, uma fonte de transmissão de doenças infecciosas, como a covid-19, a humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu esta terça-feira, 13 de Abril, a suspensão mundial da venda de mamíferos vivos em mercados de alimentos devido ao alto risco de transmissão de novas doenças infecciosas aos humanos. “Animais, especialmente animais selvagens, são a fonte de mais de 70% de todas as doenças infecciosas emergentes em humanos e muitas delas são causadas por novos vírus”, disse a OMS num comunicado conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu esta terça-feira, 13 de Abril, a suspensão mundial da venda de mamíferos vivos em mercados de alimentos devido ao alto risco de transmissão de novas doenças infecciosas aos humanos. “Animais, especialmente animais selvagens, são a fonte de mais de 70% de todas as doenças infecciosas emergentes em humanos e muitas delas são causadas por novos vírus”, disse a OMS num comunicado conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).
A transmissão do vírus SARS-CoV-2 ao ser humano, por esse meio, é uma das teorias defendidas pelos especialistas indicados pela OMS.
No recente relatório sobre as origens da doença, apontaram que um mercado onde se vendiam estes animais em Wuhan, metrópole chinesa onde foram notificados os primeiros casos, parece ter sido um dos pontos mais importantes de disseminação da pandemia no final de 2019. Desde então, a doença espalhou-se pelo mundo e já matou mais de 2,93 milhões pessoas, de acordo com o levantamento diário realizado pela AFP.
Além da suspensão das vendas, as organizações internacionais estão a pedir melhores regras de higiene e saneamento nesses mercados tradicionais para reduzir a transmissão de doenças de animais para humanos e o contágio entre comerciantes e clientes.
Também estão a pedir regulamentações para controlar a criação e venda de animais selvagens que se destinam a ser transaccionados em mercados para consumo humano.
As organizações defendem ainda o treino de inspectores veterinários para aplicar essas novas regras e fortalecer os sistemas de vigilância a fim de detectar rapidamente novos patógenos e lançar campanhas de informação e conscientização para comerciantes e clientes.