Onde andam as open calls? Algumas sugestões para as encontrares
Das plataformas digitais às redes sociais, passando pelos sites das câmaras municipais: oportunidades como open calls, residências artísticas e programas de apoio à criação podem ser encontradas em vários locais. Basta afinar a pesquisa, saber ao que se vai e concorrer.
Open calls, residências artísticas e outros programas podem ser oportunidades para artistas e criadores mostrarem o seu talento e ideias a diferentes públicos de diversas geografias — desde o festival da vila a uma bienal internacional ou àquele projecto europeu que procura novas abordagens. E parece haver tantas que, muitas vezes, é difícil saber onde pesquisar por estes tipos de apoio, ao mesmo tempo que se tenta filtrar a pesquisa de acordo com o que se procura. No Facebook, há um grupo que se propõe a congregar estas oportunidades, porque, para o bem e para o mal, “há demasiada informação”. Assim, muito do que é open call ou outro apoio no âmbito artístico vai parar ao FAC's (Fórum de Apoios e Candidaturas) da plataforma P’LA ARTE, administrado por Pedro Silva e Chris Ribeiro. A P’LA ARTE foi fundada por “sete profissionais das artes, artistas e investigadores” e que procuram dar lugar à arte. Ambos fazem parte da plataforma.
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Open calls, residências artísticas e outros programas podem ser oportunidades para artistas e criadores mostrarem o seu talento e ideias a diferentes públicos de diversas geografias — desde o festival da vila a uma bienal internacional ou àquele projecto europeu que procura novas abordagens. E parece haver tantas que, muitas vezes, é difícil saber onde pesquisar por estes tipos de apoio, ao mesmo tempo que se tenta filtrar a pesquisa de acordo com o que se procura. No Facebook, há um grupo que se propõe a congregar estas oportunidades, porque, para o bem e para o mal, “há demasiada informação”. Assim, muito do que é open call ou outro apoio no âmbito artístico vai parar ao FAC's (Fórum de Apoios e Candidaturas) da plataforma P’LA ARTE, administrado por Pedro Silva e Chris Ribeiro. A P’LA ARTE foi fundada por “sete profissionais das artes, artistas e investigadores” e que procuram dar lugar à arte. Ambos fazem parte da plataforma.
Naquele grupo do Facebook, cada scroll revela uma oportunidade diferente, em diversos pontos do país (e até do mundo), inseridos em várias práticas artísticas. “A nossa preocupação é encontrar calls que abranjam várias arestas, das artes visuais à música”, explica a administradora e também gestora cultural. Há espaço para programas europeus, mas também para anúncios de autarquias. Resta escolher. Os administradores do grupo, que fazem “um trabalho completamente solidário, não remunerado”, deixam algumas dicas para pesquisar a oportunidade que melhor se adequa à criação que tens em mente e que queres mostrar ao mundo. É óbvio que podes ficar-te pelo grupo do Facebook, mas há oportunidades noutros locais que poderás não encontrar por lá.
Aproveita as plataformas digitais
Os administradores do FAC’s dizem que “as plataformas digitais são os melhores locais para encontrar estes financiamentos”. Para além do grupo do Facebook pelo qual estão responsáveis, aconselham plataformas como a Suggestus, que também publica oportunidades de bolsas de investigação, emprego e, claro, open calls na página da mesma rede social. O Coffeepaste, “o portal da comunidade das artes”, também divulga esses apoios numa secção dedicada a anúncios, onde podes encontrar vagas para bolsas, residências artísticas e até castings. No site do Braga Media Arts também são publicitadas algumas open calls. E, nesse sentido, vale a pena espreitar o grupo Open Calls, no Facebook, com mais de 83 mil membros.
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Espreita o site da Câmara Municipal…
Quatro palavras e um clique: se pesquisares, no teu motor de busca favorito, algo como “residência artística câmara municipal” (ou uma variação de, substituindo as primeiras duas palavras por “open call” ou “programa artístico), é certo que vais encontrar alguma oportunidade. Não prometemos que os apoios estejam abertos a criadores e artistas que não sejam da área de residência em que o anúncio se insere, mas, com sorte, até podes descobrir algo relacionado com o teu município. Falámos de algumas por cá — e ainda estão abertas as candidaturas para dois programas artísticos em Braga e para a identidade visual do novo Batalha, por exemplo. O site da autarquia lisboeta alberga, agora, as oportunidades para residências artísticas da Boavista e de Monsanto do Pólo Cultural Gaivotas. Alguns jornais locais também anunciam estas oportunidades, basta estar atento.
Na página do P’LA ARTE, a cada dois meses, há conversas semanais (às quartas-feiras, pelas 18h) sobre alguns apoios. Recentemente, os membros da plataforma estiveram à conversa com representantes da Câmara Lisboa, por exemplo. Pedro Silva explica que “estas conversas criam um espaço de debate”, explicando-se ao mesmo tempo, as entidades “que promovem estes apoios”.
E os do Governo
O também produtor cultural e docente no Instituto Politécnico do Porto aconselha, a nível de financiamento público, a prestar atenção “às plataformas de entidades que regularmente anunciam apoios”, como a Direcção-Geral das Artes. Outros organismos sob a alçada do Ministério da Cultura também podem anunciar alguma vaga. Vale a pena estar atento às Direcções Regionais de Cultura — do Norte ao Algarve —, ao Instituto do Cinema e Audiovisual ou à Direcção-Geral do Património Cultural.
Ainda na esfera pública, os administradores deixam alguns exemplos de entidades para acrescentares à tua lista: o Instituto de Camões, a Agência para a Competitividade e a Inovação (IAPMEI), o Alto Comissariado para as Migrações, o Turismo de Portugal e, claro, as universidades.
A nível europeu, Pedro e Chris deixam sugestões como os “programas operacionais temáticos e regionais”. A partir daí, e integrado nos apoios do Quadro Financeiro Plurianual para o período de 2021-2027, podes encontrar algumas oportunidades. Já foi divulgado, por exemplo, o novo programa Erasmus+, “dotado de 26,2 mil milhões de euros, e que ambiciona ser mais inclusivo e apoiar a transição verde e digital da União Europeia”.