Miguel Oliveira doa camisola autografada para leilão solidário
As receitas vão reverter para o programa de “Emergência abem: covid-19”, destinado a ajudar no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde a pessoas mais vulneráveis.
O piloto Miguel Oliveira doou uma camisola oficial autografada à Associação Dignitude, que começa a ser leiloada nesta segunda-feira, e cujas receitas se destinam a comprar medicamentos para apoiar pessoas que ficaram em situação precária devido à pandemia.
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O piloto Miguel Oliveira doou uma camisola oficial autografada à Associação Dignitude, que começa a ser leiloada nesta segunda-feira, e cujas receitas se destinam a comprar medicamentos para apoiar pessoas que ficaram em situação precária devido à pandemia.
O leilão da camisola do piloto português, vencedor do Grande Prémio de Portugal de MotoGP, decorre entre esta segunda-feira e 26 de Abril. Para participar basta aceder à plataforma digital eSolidar e apresentar a licitação. “A oferta mais alta ganha uma camisola autografada pelo reconhecido piloto português, ao mesmo tempo que contribuirá para levar saúde a quem mais necessita”, refere a associação em comunicado.
No mesmo texto, Miguel Oliveira afirma que é com “bastante orgulho” que se associa “a uma causa tão nobre como o acesso à saúde para os mais afectados pela pandemia”. E acrescenta: “Num momento tão excepcional, é essencial que a palavra de ordem seja solidariedade e todos podemos contribuir e impulsionar iniciativas solidárias que contribuam significativamente para a sociedade. Este é o momento de nos juntarmos e apoiar quem mais precisa.”
Maria de Belém Roseira, embaixadora do projecto, diz que este leilão “honrou muito” a associação, porque foi uma “oferta personalizada” e as receitas vão reverter para o programa de “Emergência abem: covid-19”, destinado a ajudar no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde a pessoas mais vulneráveis.
Promovido pela Dignitude, o programa regular da “Emergência abem” ajuda mais de 20 mil beneficiários, em parceria com várias entidades, pagando-lhes a parte não comparticipada pelo Estado nos medicamentos. “Em Portugal temos muita gente pobre, sabemos que a pobreza é um intensificador da probabilidade de adoecer e de adoecer com doença grave, e as pessoas mais pobres têm muitas dificuldades” em comprar medicamentos e a situação de saúde pode piorar, sublinha a ex-ministra da Saúde à Lusa.
Este programa surgiu para “tentar evitar isso ou minorar estas dificuldades, não invadindo a vida das pessoas”. Através da articulação com entidades locais, que conhecem as situações mais graves e identificam-nas, co-responsabilizando-se por uma parte do pagamento das despesas com medicamentos que comunicam à Dignitude que emite um cartão de beneficiário.
Os beneficiários podem deslocar-se a uma das mil farmácias associadas e com o seu cartão comprar medicamentos prescritos pelo médico sem pagar nada, informa. “É essencial para a pessoa continuar a ter uma vida com a doença controlada ou melhorada”, justifica, adiantando que cerca de 13% dos beneficiários são crianças.
“Com a emergência da covid, muitas situações passaram a ficar dramáticas do dia para a noite, com perdas de emprego, diminuição abrupta do rendimento das famílias com muitos encargos para satisfazer, etc.”, enumera. Perante esta realidade, criou-se “um novo programa”, que tem já 1266 beneficiários e a parceria de 47 com entidades locais, como autarquias, juntas de freguesia, IPSS, Misericórdias, Cáritas, que também levam os medicamentos hospitalares a casa, sobretudo durante o confinamento.
“Este é uma situação pungente (...) estamos todos muito receosos e lançamos mão de todas as formas de solidariedade possível, desde as campanhas que organizamos regularmente, até o leilão de coisas simbólicas como esta camisola do Miguel Oliveira, campeão nacional de Moto GP, que realmente são pessoas fantásticas”, elogia.