A “lentidão” e descredibilização da justiça vai afastar mais os portugueses da política

Os avisos são de vários especialistas na área da política, que criticam a mediatização do processo e a condenação em praça pública. A investigação a José Sócrates revelou que “o rei vai nu” e que urge debater e reformar o sistema.

Foto
Rui Gaudencio

Numa era em que há transmissão directa da leitura da decisão instrutória do processo Operação Marquês, a máxima “à justiça o que é da justiça” está “desactualizada”. O julgamento e condenação de José Sócrates já aconteceu “no plano mediático e político”, nota a politóloga Marina Costa Lobo, e isso tem consequências na percepção do funcionamento da justiça e da política, acrescenta. A ideia de que a justiça não funciona é “perigosa” e exige uma reforma e ampla discussão, defendem alguns dos especialistas ouvidos pelo PÚBLICO.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Numa era em que há transmissão directa da leitura da decisão instrutória do processo Operação Marquês, a máxima “à justiça o que é da justiça” está “desactualizada”. O julgamento e condenação de José Sócrates já aconteceu “no plano mediático e político”, nota a politóloga Marina Costa Lobo, e isso tem consequências na percepção do funcionamento da justiça e da política, acrescenta. A ideia de que a justiça não funciona é “perigosa” e exige uma reforma e ampla discussão, defendem alguns dos especialistas ouvidos pelo PÚBLICO.