A Europa já não consegue levantar-se do sofá?
Ver a política externa europeia subordinada à guerra surda entre o presidente do Conselho Europeu e a presidente da Comissão é já de si patético, mas é mais do que isso: é a segunda humilhação pública da UE diante de regimes autoritários que estão a tomar conta paulatinamente das suas fronteiras a leste e sudeste.
1. O processo de vacinação europeu sofre desaires a um ritmo semanal. A unidade inicial na compra das vacinas e na sua distribuição equitativa já se desfez contra as decisões unilaterais dos principais Estados-membros – com a Alemanha à cabeça – sobre a eficácia e a segurança das vacinas, mas também sobre a sua aquisição. O processo de vacinação arrasta-se penosamente quando a sua rapidez seria essencial para travar uma forte terceira vaga que se traduz em mais casos, mais óbitos e mais atrasos na recuperação económica. O último episódio com a AstraZeneca foi a demonstração derradeira de que as decisões de vários governos não se baseiam na ciência, mas na política, independentemente dos danos que possam causar aos próprios cidadãos dos seus países.
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1. O processo de vacinação europeu sofre desaires a um ritmo semanal. A unidade inicial na compra das vacinas e na sua distribuição equitativa já se desfez contra as decisões unilaterais dos principais Estados-membros – com a Alemanha à cabeça – sobre a eficácia e a segurança das vacinas, mas também sobre a sua aquisição. O processo de vacinação arrasta-se penosamente quando a sua rapidez seria essencial para travar uma forte terceira vaga que se traduz em mais casos, mais óbitos e mais atrasos na recuperação económica. O último episódio com a AstraZeneca foi a demonstração derradeira de que as decisões de vários governos não se baseiam na ciência, mas na política, independentemente dos danos que possam causar aos próprios cidadãos dos seus países.