TAP lança nova ronda de medidas para tentar evitar despedimento colectivo
Balanço das medidas avançadas pela transportadora indica que ainda existem 490 a 600 trabalhadores vistos como estando em excesso. Vai avançar assim com uma nova ronda de rescisões por mútuo acordo, reformas e transferências para a Portugália, antes de “medidas unilaterais”.
Feitas as contas, depois dos acordos de emergência, medidas de adesão voluntária e transferências para a Portugália, a TAP identifica ainda 490 a a 600 trabalhadores, “à data de hoje”, que são vistos como estando em excesso na transportadora aérea, depois do número inicial de 2000 funcionários identificado no âmbito do plano de reestruturação.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Feitas as contas, depois dos acordos de emergência, medidas de adesão voluntária e transferências para a Portugália, a TAP identifica ainda 490 a a 600 trabalhadores, “à data de hoje”, que são vistos como estando em excesso na transportadora aérea, depois do número inicial de 2000 funcionários identificado no âmbito do plano de reestruturação.
Desta forma, a empresa diz que vai agora identificar um grupo de trabalhadores junto dos quais “se irá dar início a uma nova e última vaga de adesão a rescisões por mútuo acordo, reformas e pré-reformas, com manutenção das mesmas condições já anteriormente oferecidas a todos os trabalhadores, bem como reabrir uma nova e última fase de candidaturas de integração na Portugália”.
De acordo com uma mensagem aos funcionários do grupo enviada pelo presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, e pelo presidente da comissão executiva, Ramiro Sequeira, os critérios em causa têm em conta a “produtividade/absentismo” e a “experiência, contributo, custo e habilitações” dos trabalhadores.
Segundo a mensagem, este grupo de trabalhadores, “identificados de acordo com os referidos critérios”, vai ser “retirado do layoff em curso, o que será devidamente comunicado, de modo individual e personalizado, a partir do próximo dia 16 de Abril”. Isto, dizem os gestores, para tentar “evitar o recurso a medidas unilaterais”, ou seja, para tentar evitar um despedimento colectivo. Em paralelo, vai concluir a análise dos processos voluntários que está em curso.
Maioria optou por rescisões por mútuo acordo
No balanço feito pela administração adianta-se que houve 690 adesões ao programa de medidas voluntárias que foram efectivadas, estando 70% ligadas a rescisões por mútuo acordo. Seguem-se 14% a trabalho em tempo parcial, 8% a passagens à situação de reforma, 6% a pré-reformas e 3% a licenças sem retribuição.
Tendo em conta a questão do trabalho em part-time, isto representa “um redimensionamento de cerca de 630 postos de trabalho”. Já o programa que envolve a saída da TAP e a entrada na Portugália (ambas da TAP SGPS) “tem neste momento cerca de 45 candidaturas em análise”.
A estes números, junta-se a implementação das medidas decorrentes dos acordos de emergência assinados com vários sindicatos, que permitem “preservar até 750 postos de trabalho”.