Em nove meses, Harry e Meghan chamaram nove vezes a polícia

Segundo os relatórios da polícia local, foram chamados agentes em situações em que foi activado o alarme ou que existiu uma chamada telefónica.

Foto
A segurança fazia parte da vida do casal, com agentes sempre a postos, inclusive no dia do seu casamento Reuters

A necessidade de segurança foi algo que atravessou o discurso tanto do príncipe Harry como da mulher Meghan Markle, quando ambos deram uma entrevista a Oprah. Agora, surgem informações da polícia que corroboram o que foi dito pelos duques de Sussex.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A necessidade de segurança foi algo que atravessou o discurso tanto do príncipe Harry como da mulher Meghan Markle, quando ambos deram uma entrevista a Oprah. Agora, surgem informações da polícia que corroboram o que foi dito pelos duques de Sussex.

Segundo o gabinete do xerife do condado de Santa Bárbara, Califórnia, a polícia acudiu nove vezes o casal, desde Julho do ano passado, em situações em que foi activado o alarme da propriedade, no valor de 14,7 milhões de dólares (12,33 milhões de euros), onde residem com o filho de quase dois anos, Archie, ou em que houve uma chamada telefónica a requisitar a presença dos agentes.

Os dados, replicados por vários media quer nos EUA quer no Reino Unido, foram obtidos pela agência noticiosa PA Media ao abrigo das leis da liberdade de informação.

Uma das situações ocorreu no Natal, em que os delegados do xerife foram chamados depois de um homem ter alegadamente invadido o local.

Com o afastamento dos deveres reais, deixando de trabalhar a tempo inteiro para a coroa, Harry e Meghan também perderam as respectivas regalias, nomeadamente a segurança de que dispunham.

Durante a polémica entrevista a Oprah Winfrey, em Março, Meghan, que está grávida de uma menina, disse que enviou cartas a implorar à família real que mantivesse os agentes de protecção pessoal, devido às constantes ameaças de morte que ambos recebiam. No entanto, assim que o casal anunciou pretender afastar-se dos deveres reais, as questões relacionadas com os gastos foram levantadas. Afinal, a segurança dos dois, a viverem entre o Reino Unido e outras localizações, poderia atingir os sete milhões por ano — uma factura paga com o dinheiro dos contribuintes…

Com o fim da segurança paga pelo Reino Unido, a Forbes especulou que Harry e Meghan (que mesmo sem a mesada da rainha não ficaram pobres) estariam a pagar por volta de quatro milhões de dólares anuais pela sua segurança, o que os levou a aceitar acordos com a Netflix e o Spotify.

Ainda assim, Harry, aquando da conversa com a entrevistadora norte-americana, admitiu que não estava à espera disso quando optou pelo afastamento. É que, para o príncipe, a segurança é uma espécie de direito de berço: “Nasci para este cargo. Herdei o risco.”