Ernesto de Sousa, uma energia de acção e pensamento que não desapareceu

Concertos, exposições, um congresso, debates. Projectos e obras. O centenário do artista e do homem da cultura aproxima-se, para se estender ao longo de 2021 numa efervescência criativa e plural. Do espólio às peças vivas, das fotografias aos objectos, dos textos às imagens, o legado do artista permanece um fluxo vivo, em potência apaixonante. Celebrações começam esta quinta-feira na Associação Vera Appleton, em Lisboa.

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Ernesto de Sousa com Isabel Alves, 1972 Ângelo de Sousa

Cem anos. No dia 18 de Abril, Ernesto de Sousa (Lisboa, 1921–1988) faria cem anos. Motivo de celebração, reencontros e conversas numa altura em que a energia que animou o artista, curador e escritor, parece, por razões várias, tão esmaecida. A fim de a renovar, e à beira de um programa rico de acontecimentos, o PÚBLICO conversou com personalidades cujas vidas continuam iluminadas pelo pensar e fazer do artista. Ajudar-nos-ão a cartografar o espaço do centenário e, no processo, a trazer de volta um legado que nunca se apagou. Comece-se pela programação da Associação Vera Appleton, em Lisboa: a partir desta quinta-feira e até dia 22, reconstituirá Revolution My Body no. 2, um dos projectos seminais de Ernesto de Sousa, e apresentará a sua intrigante e delicada Colecção de Carimbos. Nos dias 16 e 22 de Abril, no espaço Garagem da associação, consagrado à programação musical, realizar-se-ão, das 19 às 21h, respectivamente, os concertos de Rafael Toral e Pedro Sousa. O ciclo contará ainda, no dia 18, com um podcast e uma intervenção mais intimista à volta de Revolution My Body no. 2.