PSD aprova por unanimidade Suzana Garcia para Amadora e apoio a Isaltino ainda não está fechado
Secretário-geral e coordenador autárquico nacional dos sociais-democratas apresentou o nome de mais 53 candidatos.
O coordenador autárquico nacional do PSD, José Silvano, apresentou esta quarta-feira mais 53 candidatos às eleições municipais, mas o destaque da conferência de imprensa foi para Suzana Garcia, a independente que os sociais-democratas escolheram para candidatar à Câmara da Amadora e que viu o seu nome aprovado por “unanimidade” pela direcção nacional do partido.
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O coordenador autárquico nacional do PSD, José Silvano, apresentou esta quarta-feira mais 53 candidatos às eleições municipais, mas o destaque da conferência de imprensa foi para Suzana Garcia, a independente que os sociais-democratas escolheram para candidatar à Câmara da Amadora e que viu o seu nome aprovado por “unanimidade” pela direcção nacional do partido.
Indiferente às posições polémicas assumidas pela advogada e ex-comentadora como o apoio à castração química para pedófilos reincidentes que geraram discussão pública, José Silvano declarou que o partido considera que as declarações da candidata “não põem em causa os valores fundamentais do PSD” e repetiu esta ideia várias vezes.
Explicou também que as declarações públicas da candidata foram analisadas pela direcção nacional e que não viu nelas “algo que não pudesse ser admitido no âmbito da pluralidade de opiniões deste partido”. “O PSD é um partido onde cabem todos, desde que não ponham em causa os valores essenciais da social-democracia. Convivemos bem com a diferença de opiniões e não condenamos ninguém por delito de opinião, sustentou, dizendo que o nome de Suzana Garcia foi provado pela distrital de Lisboa e foi homologado “por unanimidade” pela Comissão Política Nacional.
Apesar de não ser militante do partido, o dirigente nacional não vê nisso nenhum problema e considera que Suzana Garcia é a “candidata indicada para ganhar” a Câmara da Amadora ao PS.
Os jornalistas confrontaram o coordenador autárquico sobre a aproximação das posições da candidata do PSD às que são defendidas pelo Chega e sobre isso Silvano avançou com duas explicações: primeiro que a posição da candidata sobre a castração química para pedófilos reincidentes não é igual à de André Ventura; e, segundo, que a ex-comentadora é considerada apta para ser candidata pelo PSD a uma câmara, mas poderia não passar no “crivo” de análise se em causa estivesse uma candidatura à Assembleia da República”.
“A posição defendida por Suzana Garcia, que não se candidata à Assembleia da República para legislar, mas sim a uma câmara que pretende ganhar, é uma posição que não é a defesa da castração química, mas sim a defesa de uma terapia medicamentosa do controlo da libido apenas para reincidentes pedófilos”, contextualizou o secretário-geral, acrescentando que assim sendo “consegue enquadrar-se na pluralidade que o PSD tem para os candidatos às câmaras do país, não à Assembleia da República”.
Relativamente a Oeiras, um dos seis concelhos onde o PSD não apresentará candidaturas, José Silvano disse que o partido está a “analisar todas as opções”. “A comissão política ainda não tomou uma decisão, mas recebeu das estruturas concelhia e distrital a proposta de o PSD não se apresentar a votos no concelho e “dar liberdade aos militantes de integrar outras listas”.
Vila Nova de Cerveira, Vidigueira, Penamacor, Golegã e Alpiarça são os outros cinco concelhos onde o partido não vai apresentar lista própria, apoiando candidaturas independentes.