“Dragões” não chegam aos “quartos” da Champions
O desacerto ofensivo numa exibição muito aquém do FC Porto, diante dos dinamarqueses do Aalborg (27-24), no encontro da segunda mão, custou nesta quarta-feira aos “dragões” a primeira presença nos quartos-de-final da Liga dos Campeões de andebol.
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O desacerto ofensivo numa exibição muito aquém do FC Porto, diante dos dinamarqueses do Aalborg (27-24), no encontro da segunda mão, custou nesta quarta-feira aos “dragões” a primeira presença nos quartos-de-final da Liga dos Campeões de andebol.
Os portistas tentavam alcançar os “quartos” da prova mais importante de clubes da modalidade, mas, na Jutlander Bank Arena Aalborg, as falhas técnicas e a desinspiração no ataque traduziram-se numa derrota pelos mesmos três golos de diferença da primeira mão (32-29), com os nórdicos a beneficiaram do maior número de golos marcados fora de casa para seguir em frente.
A equipa de Magnus Andersson teve tudo para disparar no marcador desde início em solo dinamarquês, mas pecou bastante no capítulo ofensivo, principalmente na definição das jogadas e na altura de finalizar.
Se o ataque portista esteve irreconhecível, a defesa composta por uma linha de seis defensores apresentou-se mais acertada, sendo que, foi o guarda-redes Nikola Mitrevski, com um total de 15 defesas, a transmitir segurança e a dar indicações de que poderia salvar a equipa quando esta mais precisasse.
A formação nórdica só conseguiu fazer o primeiro golo no encontro aos sete minutos, por Sebastian Barthold, e de livre de sete metros, depois de Diogo Branquinho, Victor Iturriza e Rui Silva, num belo remate em apoio, marcarem de “rajada” para os lusos, antes de pecarem no ataque, situação que o Aalborg soube aproveitar bem para equilibrar e passar mesmo a comandar o jogo (5-4), aos 16 minutos.
Enquanto o guardião macedónio preenchia a baliza, André Gomes e Fábio Magalhães apareceram assertivos nos disparos de primeira linha para, pelo menos, ajudar a gerir a vantagem de três golos trazida de Portugal.
Contudo, os maus passes, as faltas atacantes e uma ou outra violação da área colocaram mesmo o FC Porto numa desvantagem tangencial (10-9) registada ao intervalo.
A desacerto apresentado pelas duas equipas voltou a verificar-se nos segundos 30 minutos, permitindo a Mitrevski e ao homólogo Simon Gade, autor de outras 15 defesas, brilharem e darem espetáculo nas balizas.
Nos últimos 15 minutos, os ataques rápidos, e até mesmo algumas precipitações com remates de baliza a baliza para fora, começaram a suceder-se para ambos os lados, mas o FC Porto, quando parecia que o Aalborg poderia disparar para dois ou três golos desvantagem, conseguiu anular o oponente e marcar nas oportunidades criadas.
Comandados pelo central Felix Claar e pelo lateral Henrik Møllgaard Jensen, os dinamarqueses passaram a liderar por dois golos de vantagem, pela primeira vez, e ficaram à beira de eliminar a equipa lusa, numa altura que o técnico azul e branco, Magnus Andersson, apostou num sistema atacante de sete contra seis.
Lusos e nórdicos “abriram” as defesas e os instantes finais acabaram por ser muito disputados, com o Aalborg a acreditar mais, chegando aos três golos de diferença (26-23), tendo ainda beneficiado do desperdício fulcral do ponta António Areia, que falhou um decisivo livre de sete metros e um outro remate bem enquadrado, a segundos de tocar a “buzina”.
Nos “quartos”, o Aalborg vai defrontar os alemães do Flensburg-Handewitt, que seguiram em frente, depois de verem a eliminatória com o RK Zagreb cancelada, devido a casos do novo coronavírus na equipa croata.