Covid-19 em Portugal: seis mortes e 159 novos casos. R(t) chegou ao 1 no continente
R(t) nacional fixa-se em 0,98, mas sobe para 1 quando analisado apenas o território continental. O país tem agora 536 doentes internados (mais 19), 112 destes nos cuidados intensivos (menos cinco). Número de novos casos é o mais baixo desde o fim de Agosto. Portugal iniciou esta segunda-feira a segunda fase do plano de desconfinamento.
Portugal registou, neste domingo, seis mortes e 159 novos casos de covid-19. No total, desde o início da pandemia, o país soma 823.494 casos confirmados e 16.885 vítimas mortais. Os dados, referentes à totalidade do dia de domingo, foram divulgados nesta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). O número de casos deste domingo é o mais baixo desde o fim de Agosto: no dia 23 desse mês, foram diagnosticados 123 novas infecções.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Portugal registou, neste domingo, seis mortes e 159 novos casos de covid-19. No total, desde o início da pandemia, o país soma 823.494 casos confirmados e 16.885 vítimas mortais. Os dados, referentes à totalidade do dia de domingo, foram divulgados nesta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). O número de casos deste domingo é o mais baixo desde o fim de Agosto: no dia 23 desse mês, foram diagnosticados 123 novas infecções.
Há mais 19 pessoas hospitalizadas em relação ao balanço anterior e menos cinco nos cuidados intensivos. No total, 536 doentes estão ainda internados, 112 destes nos cuidados intensivos.
Segundo os últimos dados, o indicador R(t) (o índice de transmissibilidade da doença) nacional fixa-se nos 0,98, mas analisando apenas Portugal Continental este indicador sobe para 1. Na última actualização deste indicador, feita na sexta-feira, o valor nacional do R(t) era de 0,97. Já a incidência a 14 dias por cem mil habitantes fixa-se em 62,8 novos casos se for considerado todo o país. O continente regista um valor ligeiramente abaixo: 60,9 novas infecções por cem mil habitantes, valor que também representa um decréscimo em relação à actualização anterior (62,9 casos).
Assim, com estes novos dados, o país está no limite na zona verde da matriz de risco no que toca a um dos indicadores. Os campos da matriz que colocamos no topo deste artigo ditam o avanço (ou recuo) das diversas fases do desconfinamento e combinam a incidência do vírus (o número de casos por cada 100 mil habitantes) com o índice da transmissibilidade — o R(t), número de pessoas contagiadas por cada infectado. Se os indicadores permanecerem na área verde, o desconfinamento poderá avançar, mas se o país chegar à zona amarela ou vermelha, a reabertura da sociedade e da economia poderá ser travada ou revertida.
O número de concelhos abaixo do limite de incidência definido pelo Governo continua a diminuir. Há 26 concelhos com uma incidência superior a 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias, de acordo com os dados da DGS: são menos seis do que na semana passada. Dos 32 municípios que estavam acima do limite no relatório anterior, 18 continuaram fora da “zona verde para” o desconfinamento.
Na quinta-feira, quando anunciou que o país avançaria para a segunda fase do plano de desconfinamento (que se iniciou esta segunda-feira), o primeiro-ministro foi questionado sobre o indicador R(t), que está a aumentar desde 10 de Fevereiro. “Se me perguntarem o que acontece se passarmos o 1? Como sempre dissemos, as medidas serão progressivas. Uma coisa é chegarmos ao 1,01, outra coisa é termo um 1,5 ou 1,2. Temos que graduar devidamente as medidas. O esforço que temos de fazer é ficar no quadrante verde”, referiu António Costa.
Lisboa e Vale do Tejo com 40% dos novos casos
Segundo o último boletim da DGS, existem também mais 321 pessoas recuperadas, num total de 780.643 recuperações desde Março de 2020. Feitas as contas, há menos 168 casos activos, o que significa que 25.966 portugueses ainda lidam com a doença (o número mais baixo desde 1 de Outubro). Há 15.928 contactos em vigilância pelas autoridades, menos 32 do que no último balanço.
Três das vítimas mortais que figuram na última actualização tinham mais de 80 anos, duas tinham entre 70 e 79 anos e uma entre 60 e 69 anos. Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 8866 são homens e 8019 são mulheres. Das 16.885 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 11.126 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,8%.
Grande parte dos novos casos foi registada em Lisboa e Vale do Tejo (65 novas infecções, o que corresponde a 40,8%) e na região Norte (44 casos, o que corresponde a 27,6%). O Norte continua a ser a região com o maior número de casos acumulados: há 331.149 casos confirmados e 5309 mortes (duas em 24 horas). Lisboa e Vale do Tejo é a segunda: são 312.220 os registos de infecção e 7153 mortes por covid-19 (duas em 24 horas) — e é a região do país com mais vítimas mortais.
O Centro contabiliza 117.320 infecções (cinco novas) e 3002 mortes (duas em 24 horas). O Alentejo totaliza 29.172 casos (dois novos) e 970 mortes (nenhuma em 24 horas). No Algarve, há 20.862 casos de infecção (mais 32) e 354 óbitos (zero em 24 horas). A Madeira regista 8683 casos de infecção (nove novos) e 68 mortes (nenhuma em 24 horas). Já os Açores registam 4088 casos (mais dois) e 29 mortes (zero em 24 horas).
A região do Algarve é, nesta altura, a maior fonte de preocupação para as autoridades de saúde na gestão do desconfinamento: é a única região com um R(t) superior a 1, uma das linhas vermelhas indicadas pelo Governo para retroceder no processo de reabertura do comércio, ensino e outras actividades. Esta é uma das conclusões do relatório de monitorização das linhas vermelhas para a covid-19, publicado no sábado pela DGS e pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (Insa).