Covid-19: aprovado memorando para centro de vacinação drive-thru no Porto

Rui Moreira disse que para arrancar com o centro de vacinação drive-thru apenas necessita da autorização do coordenador da task force, da disponibilização de vacinas e da definição das pessoas a vacinar e respectiva listagem e/ ou acesso ao sistema.

Foto
O presidente da Câmara do Porto abre a possibilidade de a estrutura ser dirigida às pessoas que pretendam tomar a iniciativa de agendar a sua vacina. Paulo Pimenta

A Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, 5 de Abril, o memorando de entendimento com o Centro Hospitalar de São João, com vista à implementação de um Centro de Vacinação covid-19 em regime drive-thru, no Queimódromo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, 5 de Abril, o memorando de entendimento com o Centro Hospitalar de São João, com vista à implementação de um Centro de Vacinação covid-19 em regime drive-thru, no Queimódromo.

Na reunião do executivo desta manhã, o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, indicou que o plano de vacinação em massa na cidade do Porto tem sido articulado com a task force, tendo adiantado ainda que durante a tarde teria lugar um encontro com o presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), Carlos Nunes e com o secretário de Estado Eduardo Pinheiro, nomeado pelo Governo para coordenar o plano de combate à Covid-19 na Região Norte.

Numa nota publicada na sua página oficial, o município refere que nesse encontro deu a conhecer os passos que o Porto tem dado para se preparar para a vacinação em larga escala, a começar pelo centro de vacinação drive-thru, pronto a operar no Queimódromo do Parque da Cidade há sensivelmente dois meses, e que foi hoje formalizado com a aprovação da proposta na reunião do executivo municipal.

De acordo com a mesma nota, na reunião, “Rui Moreira esclareceu que a estrutura foi criada depois de ter iniciado contactos no sentido de assegurar que a cidade do Porto estivesse munida de uma resposta capaz de corresponder à enorme demanda esperada, a partir do momento em que um grande volume de vacinas chegar à cidade do Porto”.

Esta primeira resposta, adiantou, vai por isso funcionar “sem qualquer custo para o SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, também com o apoio da UNILABS, e pode ser “replicável ou triplicável”, garantiu o presidente da Câmara do Porto.

Em Fevereiro, o autarca tinha já aberto essa possibilidade, ao referir que para a zona oriental, se for necessário, pode ser montado um segundo centro de vacinação, em modelo drive-thru, no antigo parque de recolha da STCP, e um outro na zona central da cidade, nos Jardins do Palácio de Cristal, esse em sistema walk-thru (a pé).

O independente elucidou ainda o secretário de Estado e o presidente da ARS Norte de que as administrações do Hospital de São João e do Hospital de Santo António estão alinhadas com o município do Porto e que confirmam que o objectivo de vacinação em larga escala “não é alcançável” somente com recurso aos hospitais e aos centros de saúde.

Rui Moreira transmitiu ainda que para arrancar com o centro de vacinação drive-thru no Queimódromo apenas necessita da autorização do coordenador da task force, da disponibilização de vacinas e naturalmente da definição das pessoas a vacinar e respectiva listagem e/ ou acesso ao sistema.

O presidente da Câmara do Porto abre igualmente a possibilidade de a estrutura ser dirigida às pessoas que pretendam tomar a iniciativa de agendar a sua vacina.

De acordo com o memorando de entendimento a ser celebrado com o Centro Hospitalar Universitário de São João, à autarquia cabe assegurar o financiamento para a operacionalização do centro, nomeadamente a “logística, operação, organização de fluxo, os técnicos de vacinação e o apoio médico no espaço, com um mínimo de 12 linhas de vacinação”, o que permitirá realizar até 2.000 inoculações por dia.

Por seu turno, o Hospital de São João assegura a formação, “no que concerne às dimensões da preparação das doses pelos farmacêuticos e de administração das vacinas e registos nos sistemas de informação pelos enfermeiros, bem como a consultoria no que se refere à vigilância clínica de reacções adversas”.

A Câmara do Porto aprovou ainda a cedência, por um período certo e não renovável de 6 meses, ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Porto Ocidental, da antiga Escola Básica António Aroso, na União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, onde foi instalada uma área dedicada às doenças Respiratórias (ADR) e um Centro de Vacinação.