Aveirenses propõem que rua recém-requalificada fique “sem carros” ao fim-de-semana

Proposta é avançada numa petição online, que já conta com quase 500 subscritores. Presidente da câmara promete analisar a sugestão e lembra a aposta assumida no Verão passado.

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ADRIANO MIRANDA / PUBLICO

A ideia surgiu de forma espontânea e rapidamente evoluiu para uma petição online, a endereçar à Câmara Municipal de Aveiro. A proposta de transformar a recentemente requalificada Rua da Pega numa rua “sem carros”, ao fim-de-semana, não tardou a ganhar adeptos, contando já com quase 500 apoiantes: Mas também houve quem se manifestasse contra nas redes sociais. Da parte da autarquia fica a garantia de que a proposta será analisada e a certeza de que será repetida a experiência do Verão passado, com alguns pontos da cidade a funcionarem como “zonas cicláveis e pedonais”, ao fim-de-semana e feriados. 

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A ideia surgiu de forma espontânea e rapidamente evoluiu para uma petição online, a endereçar à Câmara Municipal de Aveiro. A proposta de transformar a recentemente requalificada Rua da Pega numa rua “sem carros”, ao fim-de-semana, não tardou a ganhar adeptos, contando já com quase 500 apoiantes: Mas também houve quem se manifestasse contra nas redes sociais. Da parte da autarquia fica a garantia de que a proposta será analisada e a certeza de que será repetida a experiência do Verão passado, com alguns pontos da cidade a funcionarem como “zonas cicláveis e pedonais”, ao fim-de-semana e feriados. 

Na prática, o que os promotores desta petição estão a tentar fazer é potenciar, e de alguma forma também oficializar, o cenário que, segundo afirmam, tem vindo a tomar conta da Rua da Pega. A artéria “deu espaço às pessoas que a sentem como uma rua larga, luminosa e onde se pode respirar o ar puro da Ria de Aveiro”, realçam os promotores da petição, notando, contudo, que os poucos automóveis que aí circulam ao fim-de-semana não permitem “que seja um espaço pleno de lazer e bem-estar para as pessoas”.

Perante este cenário, estes aveirenses decidiram requerer ao presidente da Câmara Municipal o fecho daquela rua ao fim-de-semana, lembrando que “a restrição do tráfego automóvel e a prioridade dada ao modo pedonal e ao modo ciclável constituem medidas que já estão a ser implementadas na maioria das cidades europeias e em algumas cidades nacionais”.

E se é verdade que a ideia não tardou a ganhar apoiantes – em três dias, conquistou quase 500 subscritores -, também é um facto que a proposta suscitou algumas vozes contra. Vários cidadãos apressaram-se a rejeitar a ideia, nas redes sociais, reparando que os interesses dos moradores e de quem usa a via para aceder à Universidade de Aveiro também têm que ser acautelados. Ao PÚBLICO, um dos promotores da petição já fez saber que esta ideia não é “contra a Câmara, nem contra os moradores”. Pelo contrário. A avançar, terá que ser um projecto colaborativo, destacou.

O presidente da autarquia, Ribau Esteves, diz-se receptivo a ponderar a proposta, mas faz questão de lembrar a obra da Rua da Pega ainda não está pronta. “Importa completar e comemorar a obra antes de começar a fazer reivindicações”, comenta, estimando ter a empreitada concluída em Maio. Numa altura em que está também a ser definida a área abrangida pelos cortes de trânsito durante os fim-de-semana de Verão, dando seguimento à experiência do ano passado – na zona do Largo da Praça do Peixe e parte do Bairro da Beira-Mar, bem como a marginal da praia de São Jacinto -, a Rua da Pega “não faz parte do mapa que está em cima da mesa”. “Com esta obra, passou a ter uma ciclovia e uma zona pedonal a sério e não nos parece que seja um daqueles sítios de onde é preciso retirar carros”, argumenta Ribau Esteves.