Dois terços da população adulta não praticaram exercício em 2019
Faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a que registou uma quebra mais acentuada. Antes da covid-19, número de clubes no país subiu.
Acentuou-se a percentagem da população portuguesa que não pratica exercício físico. De acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), praticamente dois terços dos cidadãos com 15 ou mais anos (65,6%) não fizeram qualquer actividade física em 2019, o que traduz um aumento de 0,7 pontos percentuais face a 2014.
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Acentuou-se a percentagem da população portuguesa que não pratica exercício físico. De acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), praticamente dois terços dos cidadãos com 15 ou mais anos (65,6%) não fizeram qualquer actividade física em 2019, o que traduz um aumento de 0,7 pontos percentuais face a 2014.
Estes são os dados mais recentes disponibilizados pelo INE, no estudo intitulado Desporto em números - 2020. Esta tendência de decréscimo na prática desportiva é mais acentuada na faixa etária dos 25 aos 34 anos, grupo em que mais de metade (57,5%) da população não praticou exercício. Por outro lado, nos grupos etários dos 45 aos 54 anos e dos 65 e mais anos, a proporção aumentou.
Entre 2014 e 2019, assistiu-se a uma quebra generalizada na actividade desportiva, mas mais acentuada nos homens, que passaram de 40,4% para 36,2%. Entre as mulheres, a diminuição neste período foi bem menos significativa, de 30% para 29,5%.
Em sentido contrário, entre os portugueses que praticaram exercício físico pelo menos uma vez por semana, mais de um terço (35,2% em 2014 e 34,0% em 2019) despendeu menos de duas horas semanais nos treinos.
Mais clubes em 2019
Só o relatório com o balanço do ano de 2020 permitirá perceber o impacto da covid-19 no sector, mas entre 2018 e 2019 registou-se um aumento de 4,5% no número de clubes registados nas federações: foram 11429, que reuniram um total de 688.894 praticantes inscritos (+3,2%).
O futebol consolidou o estatuto de modalidade com maior número de praticantes (26,8% do total), seguido da natação (15,4%), andebol e voleibol (cada uma com 7,1%) e do basquetebol (4,6%). Do total dos atletas federados, os homens estão em maioria (68,4%), predominando na prática de futebol (94,6%), basquetebol (62,1%) e andebol (58,5%). As mulheres são maioritárias na ginástica (86,8%), atletismo (60,6%), voleibol (55,3%) e natação (52,1%).
No que respeita ao financiamento público das actividades desportivas, registou-se em 2019 um investimento (em competições e infra-estruturas), por parte dos 308 municípios do país, da ordem dos 320,3 milhões de euros, o que traduz um aumento de 10,2% face ao ano anterior. De resto, em média as câmaras municipais investiram 3,7% dos seus orçamentos no desporto.
Do lado do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), o bolo repartido pelas federações atingiu os 45,9 milhões de euros (mais 5,3% do que no ano anterior), com a alta competição a destacar-se, abarcando 45,2% do total do financiamento.