Preço das rendas caiu 5,1% durante o ano da pandemia
Índice organizado pelo portal Idealista revela que no ano de 2020 as rendas em Lisboa caíram 9,6% e no Porto 1,7%. Mas em Castelo Branco e em Setúbal aumentaram 13%
Mais do que nos preços das casas para venda, a pandemia de covid-19 atingiu mais duramente o valor das rendas, mas não de forma igual em todo o país. O portal Idealista, que monitoriza os anúncios ali publicados, apurou uma descida homóloga de 5,1% do valor das rendas em Portugal durante os últimos 12 meses. No final do mês de Março, arrendar casa tinha um custo de 11 euros por metro quadrado (m2) a nível nacional.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Mais do que nos preços das casas para venda, a pandemia de covid-19 atingiu mais duramente o valor das rendas, mas não de forma igual em todo o país. O portal Idealista, que monitoriza os anúncios ali publicados, apurou uma descida homóloga de 5,1% do valor das rendas em Portugal durante os últimos 12 meses. No final do mês de Março, arrendar casa tinha um custo de 11 euros por metro quadrado (m2) a nível nacional.
No concelho de Lisboa esse preço chegou aos 13,6 euros por metro quadrado no final do mês passado, depois de uma variação negativa de 9,6% face ao período homólogo de 2020.
No Porto, o preço por metro quadrado atingiu 10,6 euros, e a variação homóloga, face a Março de 2020, foi negativa em 1,7%.
Lisboa e Porto continuam a ser as cidades mais caras para arrendar casa, com o Funchal, na Região Autónoma da Madeira, a ocupar o terceiro lugar deste ranking: em Março de 2021 arrendar uma casa na maior cidade da ilha custava 8,4 euros por m2.
Já as cidades mais económicas para arrendar uma casa são Castelo Branco (4,6 euros por m2), Leiria (4,9 euros por m2) e Viseu (5,2 euros por m2). Contudo, o valor apurado em Castelo Branco acontece já depois de uma subida homóloga de 13%.
Uma análise distrital à evolução dos preços no decorrer dos últimos 12 meses revela que as maiores descidas durante a pandemia tiveram lugar em Viana do Castelo (-8,8%), Lisboa (-7,2%), Braga (-6,8%), Leiria (-5,2%), Faro (-2,7%) e Porto (-2,2%).
Em sentido contrário, registaram-se subidas acentuadas no distrito de Viseu (20,8%), São Miguel (19,5%), Vila Real (11,5%) e Coimbra (6,5%). Seguem-se na lista Santarém (4,2%), Ilha da Madeira (4%), Aveiro (3,8%), Setúbal (1,1%) e Castelo Branco (0,9%).
O distrito de Lisboa continua a ser aquele em que é mais caro arrendar uma casa (12,9 euros por m2), seguido pelo Porto (9,9 euros por m2), Faro (9,1 euros por m2), Setúbal (8,5 euros por m2) e ilha da Madeira (8,3 euros por m2).
Arrendar casa na ilha de São Miguel custa 7,5 euros por m2, em Aveiro 6,9 euros por m2, Coimbra 6,7 euros por m2 e Braga 6,1 euros por m2.
As rendas mais baratas encontram-se nos distritos de Castelo Branco (4,8 euros por m2), Vila Real (4,9 euros por m2), Santarém (5 euros por m2), Viseu (5,2 euros por m2), Viana do Castelo (5,4 euros por m2) e Leiria (5,7 euros por m2).
O preço de arrendamento desceu em seis capitais de distrito, com Leiria (-18,6%) e Lisboa (- 9,6%) a liderarem a lista. A acompanhar esta descida de preços seguem-se Braga (-9,5%), Viana do Castelo (-5%), Aveiro (-3,9%) e Porto (-1,7%).
Por outro lado, os preços aumentaram em Castelo Branco e Setúbal (13% em ambas as cidades), Ponta Delgada (11,6%), Coimbra (11,2%), Viseu (7,8%), Funchal (3,9%) e Faro (1,6%).
De acordo com o Idealista, este índice analisa os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes que utilizam aquele portal; a empresa elimina da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado e descarta “todos os anúncios que se encontram na base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interacção pelos utilizadores”.
“O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado”, explica a empresa.