O último dos navios em fila de espera por causa do bloqueio já atravessou o Canal do Suez

Autoridade da passagem marítima egípcia anunciou que todos os 422 navios que ficaram imobilizados no canal já seguiram viagem, quase duas semanas depois de o porta-contentores Ever Given ter encalhado.

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Tráfego no Canal do Suez regressa à normalidade Cameron Pinske/Reuters

Todos os navios que estavam em fila de espera no Canal do Suez, por causa do bloqueio causado pelo encalhamento do porta-contentores Ever Given, no dia 23 de Março, já atravessaram a passagem marítima egípcia.

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Todos os navios que estavam em fila de espera no Canal do Suez, por causa do bloqueio causado pelo encalhamento do porta-contentores Ever Given, no dia 23 de Março, já atravessaram a passagem marítima egípcia.

Segundo a Autoridade do Canal do Suez (SCA), os últimos 61 navios de um total de 422 que aguardavam por autorização para seguir viagem, cruzaram o canal este sábado, pondo um ponto final a uma saga que durou quase duas semanas. 

A passagem esteve totalmente bloqueada durante seis dias, provocando enormes disrupções a nível global na cadeia de abastecimento de produtos essencialmente energéticos – como o petróleo e o gás natural liquefeito – mas não só, a grande maioria com destino aos mercados europeus.

Com 400 metros de comprimento e 59 de largura, o navio japonês Ever Given, que é operado por uma empresa taiwanesa, a Evergreen Marine, só foi desencalhado na passada segunda-feira e no final de um operação de resgate de larga escala que demorou vários dias.

A partir dessa data, os navios em espera começaram a cruzar o Canal do Suez a conta-gotas, uma vez que também tiveram, eles próprios, de ser inspeccionados. 

Enquanto as empresas de transporte marítimo e os seus consumidores fazem contas aos prejuízos económicos causados pelo bloqueio, o regresso à normalidade numa das vias marítimas mais movimentadas e importantes do mundo foi saudado pela SCA, que abriu, entretanto, uma investigação às causas do acidente, para perceber se se tratou de erro humano ou teve origem nas más condições climatéricas registadas naquele dia.

Osama Rabie, responsável da SCA, disse na sexta-feira à noite à televisão MBC Mars que a investigação ainda iria demorar “mais dois dias” e que só depois iriam ser revelados os seus resultados.