Toni Martínez vestiu pela primeira vez o fato de super-herói
O avançado espanhol entrou e garantiu no minuto 95 uma vitória dos portistas frente ao Santa Clara, por 2-1
Em meados de Fevereiro, a quatro dias de começar a defrontar a Juventus nos “oitavos” da Liga dos Campeões, o FC Porto recebeu no Dragão o Boavista e, com uma exibição paupérrima na primeira parte, permitiu que os vizinhos portuenses conquistassem um empate. Mês e meio depois, o pré-Champions parecia ser novamente nefasto para os portistas, mas no minuto 95 Toni Martínez vestiu pela primeira vez o fato de super-herói para os “dragões”. Com um golo do avançado espanhol no minuto 95, o FC Porto derrotou o Santa Clara no Dragão, por 2-1.
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Em meados de Fevereiro, a quatro dias de começar a defrontar a Juventus nos “oitavos” da Liga dos Campeões, o FC Porto recebeu no Dragão o Boavista e, com uma exibição paupérrima na primeira parte, permitiu que os vizinhos portuenses conquistassem um empate. Mês e meio depois, o pré-Champions parecia ser novamente nefasto para os portistas, mas no minuto 95 Toni Martínez vestiu pela primeira vez o fato de super-herói para os “dragões”. Com um golo do avançado espanhol no minuto 95, o FC Porto derrotou o Santa Clara no Dragão, por 2-1.
Duas semanas depois de disputaram a jornada 24, FC Porto e Santa Clara regressaram aos duelos no campeonato com ritmos diferentes. Se Daniel Ramos teve o privilégio de trabalhar com praticamente todo o plantel na pausa para os jogos das selecções – a excepção foi Morita -, Sérgio Conceição ficou privado de quase todos os habituais titulares.
E as viagens de muitos portistas para destinos tão díspares como o Benim, a Suazilândia ou o Azerbaijão condicionou as escolhas de Conceição. Com jogadores sobrecarregados de minutos e a acusarem “toques”, o treinador não correu riscos a poucos dias de se iniciar em Sevilha o duelo com o Chelsea. Assim, no “onze” portista não estavam Mbemba, Zaidu e Corona, entrando Diogo Leite, Nanu e Díaz.
Para Ramos, os problemas tinham começado há 15 dias, com as expulsões de Cardoso e Allano contra o Tondela – entraram João Afonso e Ukra -, mas o treinador de Vila do Conde mexeu mais: Nené e Crysan substituíram Anderson e Rui Costa.
As mudanças não trouxeram, no entanto, alterações à forma como o Santa Clara se tem apresentado esta época. Com uma posição cómoda na tabela e ainda com possibilidades de chegarem a uma posição europeia, na primeira parte os açorianos não se esconderam e, com audácia q.b., pressionaram os “dragões” à saída da grande área da baliza de Marchesin. O resultado foi um FC Porto em apuros, aparentemente surpreendido.
Nos primeiros 45 minutos, a maior posse de bola portista (59%) não se traduziu numa superioridade em oportunidades e o primeiro calafrio, aos 8’, foi para Conceição: Carlos Júnior viu o seu golo adiado por fora de jogo de 28 centímetros. Com um futebol previsível e sem “chama”, os “dragões” apenas com remates de Sérgio Oliveira criaram perigo.
Ao intervalo, o zero ajustava-se bem às equipas, mas o FC Porto regressou dos balneários sem alterações. No entanto, na primeira investida, os portistas marcaram: Otávio isolou Taremi, de forma imprudente Marco tentou desviar e o iraniano aproveitou o contacto para dar a Sérgio Oliveira oportunidade para fazer de penálti o 12º golo na I Liga.
Nos minutos seguintes, o golo pareceu retirar tranquilidade ao Santa Clara, mas na primeira vez que se aproximaram da baliza portista, os açorianos marcaram. Após um desentendimento entre Pepe e Marchesin, a bola sobrou para Lincoln, que foi derrubado por Diogo Leite. Com classe, Júnior não desperdiçou o castigo máximo.
A partir daí, a jogar contra o relógio, o FC Porto mudou a atitude. Mais agressivos e intensos, os “dragões” instalaram-se no meio campo do Santa Clara, mas, num filme já visto esta época, Taremi assumiu o protagonismo pela negativa: aos 59’ e 83’, o iraniano desperdiçou duas ocasiões flagrantes de golo.
Com o goleador “fora de jogo”, Conceição socorreu-se dos trunfos que tinha ao seu lado no banco e foi feliz: no último dos cinco minutos de descontos, Corona assistiu Martínez e o espanhol não falhou de cabeça. Tal como tinha acontecido em Alvalade, o Santa Clara via fugir um ponto em casa de um “grande” no último suspiro.