Covid-19. Portugal regista mais 548 casos e nove mortes. R(t) sobe para 0,97
Tanto o índice de transmissibilidade quanto a incidência aumentaram nas últimas 24 horas. Estão 513 pessoas internadas nos hospitais do país. Dessas, 131 estão internadas em unidades de cuidados intensivos.
O índice de transmissibilidade, ou R(t), em Portugal voltou a subir esta quinta-feira e é, actualmente, de 0,97. Também a incidência aumentou ligeiramente — colocando o país mais próximo da zona amarela de perigo na matriz de risco. Na quinta-feira, Portugal registou mais 548 casos confirmados de covid-19 e nove mortes associadas à doença, de acordo com o boletim de actualização diária da Direcção-Geral da Saúde, publicado esta sexta-feira.
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O índice de transmissibilidade, ou R(t), em Portugal voltou a subir esta quinta-feira e é, actualmente, de 0,97. Também a incidência aumentou ligeiramente — colocando o país mais próximo da zona amarela de perigo na matriz de risco. Na quinta-feira, Portugal registou mais 548 casos confirmados de covid-19 e nove mortes associadas à doença, de acordo com o boletim de actualização diária da Direcção-Geral da Saúde, publicado esta sexta-feira.
No total, já foram identificados 822.862 casos positivos e 16.868 mortes desde o início da pandemia, em Março de 2020.
Sabe-se, também, que há mais 743 recuperados do que no dia anterior, num total de 779.655 pessoas que conseguiram recuperar da doença. De acordo com o boletim, há 26.339 casos activos – número a que se chega depois de subtraídos os óbitos e as pessoas recuperadas ao total de infecções.
Estão 513 pessoas internadas nos hospitais do país, menos 25 do que no dia anterior. Desde 19 de Setembro que não estavam tão poucas pessoas internadas em simultâneo. Dessas, 131 estão internadas em unidades de cuidados intensivos, mais duas do que no dia anterior.
Só se registaram óbitos em três regiões do país
Lisboa e Vale do Tejo reúne 40% de todas as novas infecções identificadas em Portugal: foram 220 novos casos em 24 horas. Segue-se o Norte, com 179 novos casos. No Centro registaram-se mais 73 casos; no Algarve, 35 e no Alentejo, 26.
Na região autónoma da Madeira registaram-se 11 novos casos e nos Açores, quatro.
A quase totalidade das mortes associadas à covid-19 registadas nas últimas 24 horas foram registadas na região da capital. Em Lisboa e Vale do Tejo aconteceram sete das nove mortes. O Centro e o Algarve registaram um óbito em cada região.
Nas restantes regiões do país não houve registo de vítimas.
Incidência e R(t) aumentam
De acordo com a matriz de risco publicada esta sexta-feira, a incidência em território nacional situa-se nos 65,6 casos de infecção por cada 100.000 habitantes. Olhando apenas para os dados do continente, verifica-se que há 62,9 casos de infecção por cada 100.000 habitantes. Ambos os valores de incidência aumentaram em relação aos últimos dados disponíveis.
O índice de transmissibilidade (ou Rt) nacional é de 0,97, uma subida em relação aos dias anteriores, com o continente a registar o mesmo valor. Este foi o valor de R(t) mais elevado registado desde que a DGS disponibiliza essa informação.
Segundo o relatório divulgado esta sexta-feira do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o valor de R(t) foi de 0,99 no Norte, 0,88 no Centro, 0,96 em Lisboa e Vale do Tejo, 0,99 no Alentejo, 1,19 no Algarve, 0,99 nos Açores e 1,21 na Madeira. O relatório refere que “todas as regiões do país apresentam a média do índice de transmissibilidade (cinco dias) abaixo de 1, excepto as regiões do Algarve e da Madeira”. Isto pode dar a entender que houve um “decréscimo da incidência de SARS-CoV-2 nas restantes regiões”.
Analisando os dois factores na matriz de risco conclui-se que Portugal ainda se situa no quadrado verde (embora perto da zona amarela) que permite, por enquanto, avançar no desconfinamento previsto.
António Costa anunciou, na quinta-feira, os próximos passos no processo de desconfinamento do país. A partir de segunda-feira, as escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico poderão reabrir, assim como equipamentos sociais na área da deficiência e centros de dia de apoio a pessoas idosas. Os estabelecimentos de comércio a retalho com menos de 200 m2 e porta para a rua também poderão voltar a abrir, assim como os estabelecimentos de restauração, que podem servir à esplanada.
O primeiro-ministro avisou, contudo, que as próximas fases de desconfinamento estariam dependentes da avaliação de risco de cada concelho. Caso algum concelho registe, em duas avaliações consecutivas, um índice de transmissibilidade superior a 1 e uma incidência de novos casos por 100 mil habitantes superior a 120, não avançará na próxima fase de desconfinamento. Há neste momento 19 concelhos em situação de risco.