Covid-19. Um em cada dez concelhos está fora da zona de conforto para desconfinar. Há 48 sem novos casos há duas semanas
Três em cada quatro municípios de Portugal mantiveram ou diminuíram a incidência (230, cerca de 75%). Há 32 concelhos com uma incidência cumulativa superior a 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias, menos 12 que na semana anterior.
O número de concelhos fora da zona de conforto definida pelo Governo para avançar com o plano de desconfinamento continua a diminuir. Os dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta segunda-feira indicam que há 32 concelhos com uma incidência cumulativa superior a 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias, menos 12 que na semana anterior.
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O número de concelhos fora da zona de conforto definida pelo Governo para avançar com o plano de desconfinamento continua a diminuir. Os dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta segunda-feira indicam que há 32 concelhos com uma incidência cumulativa superior a 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias, menos 12 que na semana anterior.
O relatório, com dados de incidência que correspondem ao período entre 10 e 23 de Março, mostra ainda que 48 concelhos de Portugal não registaram qualquer novo caso durante o intervalo de tempo considerado, mais 11 do que na última actualização.
O contágio continua a diminuir na maioria dos concelhos: três em cada quatro municípios do país mantiveram ou diminuíram a incidência (230, cerca de 75%). Em 308 concelhos, 170 registaram uma diminuição da incidência cumulativa e 60 não viram esse valor alterar-se – destes, 26 já não tinham registado quaisquer casos entre 3 e 16 de Março.
Além disso, Portugal tem agora apenas um concelho no nível que anteriormente era considerado de risco “muito elevado” de infecção pelo novo coronavírus, menos quatro que na semana anterior, não contabilizando nenhum em risco “extremamente elevado”. O município com maior incidência cumulativa a 14 dias é o Machico, com 601 novos casos por 100 mil habitantes, e mesmo aí registou-se uma ligeira diminuição do indicador (606 novos casos por 100 mil habitantes na semana anterior).
De resto, há apenas nove concelhos com incidência superior a 240 novos casos por 100 mil habitantes, com outros 22 a terem um valor de incidência entre 120 e 240, ainda acima da linha estipulada pelo Governo para avançar com o desconfinamento.
A lista de descidas mais acentuadas de incidência cumulativa é encabeçada por quatro municípios insulares. O Funchal, que na semana passada era o concelho com maior incidência, lidera com uma descida de 915 para 173 novos casos por 100 mil habitantes (menos 742). Segue-se Santa Cruz das Flores (Açores), que passou uma incidência cumulativa a 14 dias de 548 novos casos por 100 mil habitantes para não registar novos casos nos últimos 14 dias (menos 548). Ponta do Sol (menos 419) e Câmara de Lobos (menos 262), na Madeira, são os seguintes.
A variação real de novos casos nestes territórios é significativamente mais reduzida: sendo concelhos com populações pouco numerosas, um surto de dimensão reduzida pode contribuir para um valor muito alto de incidência cumulativa, que “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”. Este indicador é o método utilizado pela DGS para comparar municípios com diferentes realidades populacionais.
A nível nacional, a matriz de risco publicada no boletim desta segunda-feira da DGS indica que Portugal está com uma incidência de 70 novos casos por 100 mil habitantes, sendo que o valor do índice de transmissibilidade (Rt) subiu para 0,94.